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O Rio de Janeiro foi o estado que registrou a maior temperatura do Brasil no início de janeiro de 2025, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. O verão só termina no dia 20 de março, portanto, os dias quentes devem permanecer por um longo período. O calor excessivo é motivo de preocupação para toda a população, mas principalmente para os idosos que têm maior risco de desenvolver doenças como a hipertermia e a desidratação.
A geriatra Regina Novaes, coordenadora de Alta Complexidade e Programas Especiais da Hapvida NotreDame Intermédica, da filial do Rio de Janeiro, explica que a hipertermia é o aumento anormal da temperatura corporal, que pode ser fatal se não for tratada rapidamente. “A doença ocorre quando o corpo produz ou absorve mais calor do que consegue suportar. Nesse caso, é importante que o idoso procure o médico de referência ou o atendimento em uma emergência”, destaca.
A hipertermia pode ser causada por fatores como a exposição excessiva ao calor e ao sol, a prática de atividade física intensa em ambientes quentes, a efeitos colaterais de alguns medicamentos, como analgésicos, além da desidratação. Entre os principais sinais da doença estão contraturas musculares, náuseas, vômitos, dor de cabeça, fraqueza, tonturas e convulsões.
Já a desidratação ocorre quando a eliminação de água é maior que a quantidade ingerida e se caracteriza pela baixa concentração de líquido e sais minerais, impedindo o organismo de realizar funções vitais. A condição se manifesta desde casos leves aos severos, que incluem a perda de consciência, podendo causar a morte do indivíduo. Os sintomas mais comuns são lábios e língua secos, diminuição da quantidade de urina, alterações de comportamento (apatia, agitação ou confusão mental), dor de cabeça, tonturas, fadiga e mal-estar.
“Deve-se consumir cerca de 1,5 a 3 litros de água, salvo se o paciente possui doenças especificas nas quais a ingestão de líquidos deve ser limitada como insuficiências renal e/ou cardíaca. Sucos naturais, frutas ricas em água, como melancia, abacaxi, melão, laranja, e água de coco também são indicados para evitar a desidratação”, lembra Novaes, que orienta a importância de buscar atendimento médico em casos mais graves.
Garantir que o idoso esteja em ambiente fresco, mantenha a alimentação leve e balanceada, com verduras, legumes e carnes brancas, além da hidratação adequada são os primeiros passos para prevenir as chamadas doenças de verão. A médica recomenda, ainda, que os 60+ evitem a exposição ao sol entre 10h e 16h, não ultrapassando o período de 2h, usem filtro solar, bonés e barracas, e pratiquem exercícios leves em um local arejado, sempre mantendo a hidratação durante a atividade.
“Utilizar ventiladores ou ar-condicionado, colocar panos úmidos na face, pescoço e pulsos, usar roupas confortáveis, dar preferência a alimentos que podem ser consumidos gelados, como frios, iogurte e leite, são hábitos que podem amenizar os efeitos do calor em casa”, completa Regina.
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