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Niterói, cidade pela qual o jornalista Ricardo Boechat nutria profundo afeto, ainda não concretizou uma merecida homenagem ao comunicador, falecido em 2019. Um projeto de lei aprovado em 2020, de autoria do então vereador Paulo Bagueira, que propunha nomear um espaço de convivência em sua homenagem, permanece sem execução.
O local escolhido, um pequeno espaço na Avenida Quintino Bocaiuva, em frente ao número 251, no bairro de São Francisco, era palco de momentos significativos na vida do jornalista. Todo sábado, independentemente das condições climáticas, Boechat participava de uma partida de futebol com amigos na praia local, demonstrando um compromisso que por vezes superava até mesmo compromissos internacionais.
O arquiteto Marcio Franco da Cruz, morador do bairro, desenvolveu um projeto inspirado no bordão "toca o barco", frequentemente utilizado por Boechat em seu programa na BandNews. A proposta inclui a utilização de pedras naturais já presentes no local para criar a forma de um barco, com o interior revestido de porcelanato madeirado. Além disso, prevê a instalação de uma escultura representando o jornalista sentado, que seria doada por um grupo de amigos liderado por Paulo Marinho.
Apesar do projeto ter sido encaminhado ao prefeito Axel Grael e posteriormente à Secretaria de Urbanismo, nenhuma ação concreta foi tomada até o momento. O arquiteto Marcio Franco planeja entregar uma nova cópia do projeto ao atual secretário de governo, Paulo Bagueira, após o Carnaval, na esperança de finalmente ver a homenagem realizada.
Enquanto isso, em São Paulo, cidade onde Boechat também deixou sua marca profissional, a prefeitura já homenageou o jornalista dando seu nome a um importante viaduto no Centro da cidade.
A demora na execução do projeto em Niterói contrasta com o amor que Boechat demonstrava pela cidade. Ele frequentemente mencionava Niterói em seus programas de rádio e televisão, compartilhando histórias e momentos vividos na cidade com seu público nacional.
Um episódio marcante, relatado por amigos, ilustra o compromisso de Boechat com Niterói e seus laços locais: certa vez, ao retornar de uma viagem a Paris, o jornalista chegou a adiantar seu voo de volta ao Brasil para não perder a tradicional partida de futebol de sábado com os amigos em São Francisco.
A ausência de uma homenagem concreta em Niterói, quase seis anos após sua morte, levanta questionamentos sobre a valorização da memória de figuras importantes para a cidade. Enquanto o projeto permanece no papel, os admiradores e amigos de Boechat aguardam o momento em que poderão visitar um espaço dedicado à memória deste jornalista que tanto amou e divulgou Niterói.
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