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O início da sabatina, com os novos indicados para conselheiros do Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio, na manhã dessa quinta-feira (22), geraram reclamações da bancada de oposição na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Os vereadores que fazem oposição ao governo municipal, entenderam que Bruno Maia de Carvalho, que atualmente é procurador do Tribunal de Contas e David Pereira Neto, dois nomes indicados pelo prefeito do município do Rio, Eduardo Paes, não responderam às perguntas consideradas mais “polêmicas” e não deram nenhuma resposta técnica sobre as questões envolvendo gastos da Educação e contratações de Organizações Sociais (OSs). Em dissonância a base governista que deteve perguntas de tom congratulatórios pelas indicações ao cargo.
O primeiro a ser sabatinado foi Carvalho, por volta das 10h20 e durou até as 12h30. Logo após começou a série de perguntas David Carlos Pereira Neto, atual chefe do gabinete de Eduard Paes, ele foi sabatinado até as 15h10. A sessão que está suspensa no momento, terá ainda a sabatina do vereador Thiago K. Ribeiro, que também é um aliado de Eduardo Paes, mas foi indicado pela própria Câmara. Os três foram indicados para ocupar as vagas de Antonio Carlos Flores de Moraes, José de Moraes, e Thiers Montebell.
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Os parlamentares de oposição também criticaram do tratamento concedido pelo presidente da Câmara, Carlo Caiado (DEM, mesmo partido do prefeito), que permitiu que Carvalho estudasse perguntas para respondê-las numa data posterior. Para a oposição, Carvalho não deu respostas claras e contundentes relacionadas à administração municipal: “Ele ficou em cima do muro, não responde nada. Um cara jovem que claramente não quis se aprofundar. Disse que não tinha ainda muita experiência e respondeu de forma genérica. Mas conselheiros precisam dar resposta técnica. Sobre estar em estágio probatório, disse que não há impedimento legal para sua nomeação” relatou vereador Paulo Pinheiro do PSOL, confirmando que o partido votará contrário a nomeação.
Em um determinado momento, respondendo a um questionamento do vereador Lindbergh (PT) sobre sua opinião acerca do novo regime fiscal da prefeitura, o procurador admitiu que não tinha conhecimento necessário sobre o tema.
“Tive algum contato, mas não me debrucei exatamente sobre o tema. Então não me sinto com o conhecimento necessário para tecer considerações mais profundas.” apontou Carvalho.
Como conselheiros do TCM são indicados
O TCM possui sete cadeiras de conselheiros. Quatro são escolhidas pelos vereadores e o prefeito escolhe as outras três: destas três indicações, um tem que ser auditor de carreira do TCM, outro tem que ser procurador do TCM e o último é de livre escolha do prefeito. Após indicado, é realizada uma sabatina na Câmara e uma votação entre os parlamentares. Além da aprovação na votação, o indicado precisa ainda de um parecer favorável da Comissão de Justiça e Redação.
Foto: Reprodução.
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