Inflação desacelera e atinge 0,21% em junho, menor taxa desde o início do ano

Inflação desacelera e atinge 0,21% em junho, menor taxa desde o início do ano

  A inflação no Brasil desacelerou para 0,21% em junho, a menor taxa registrada desde o início do ano, conforme divulgado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este índice representa uma queda significativa em relação ao mês anterior, quando a inflação foi de 0,46%. No acumulado do ano, a alta de preços é de 2,48%, e nos últimos 12 meses, de 4,23%.

O grupo Alimentação e bebidas teve o principal impacto, com alta de 0,44%, menor que em maio (0,62%), contribuindo com 0,10 ponto percentual para o índice de junho. A alimentação no domicílio apresentou alta de 0,47%, desacelerando em comparação com maio (0,66%). As quedas significativas nos preços da cenoura (-9,47%), cebola (-7,49%) e frutas (-2,62%) foram os principais fatores. "A queda na cebola se deve à maior oferta, principalmente por melhores produções no Nordeste," explicou André Almeida, gerente da pesquisa.

Em contrapartida, a batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%) e arroz (2,25%) tiveram aumentos significativos. Almeida destacou que "o clima adverso na Região Sul e a entressafra contribuem para a menor oferta de leite, enquanto a batata teve oferta restrita devido ao final da safra das águas e início da safra das secas."

A alimentação fora do domicílio teve variação de 0,37%, uma desaceleração em relação a maio (0,50%). Os subitens lanche e refeição também desaceleraram, com o lanche passando de 0,78% para 0,39%, e a refeição de 0,36% para 0,34%.

O grupo Saúde e cuidados pessoais teve a maior variação, com alta de 0,54%, influenciado pelos perfumes (1,69%) e pelos planos de saúde (0,37%), após o reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O grupo Habitação subiu 0,25%, com a taxa de água e esgoto aumentando 1,13% após reajustes em diversas regiões.

Os grupos Comunicação e Transportes foram os únicos que apresentaram queda, com variações de -0,08% e -0,19%, respectivamente. A passagem aérea, com redução de 9,88%, teve impacto significativo no grupo Transportes.

Regionalmente, Goiânia teve a maior alta (0,50%), influenciada pelos aumentos no etanol (5,19%) e gasolina (2,86%), enquanto Porto Alegre apresentou a maior queda (-0,14%), puxada pela redução na passagem aérea (-9,62%) e gás de botijão (-5,02%).

INPC também desacelera

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,25% em junho, desacelerando em relação a maio (0,46%). Os produtos alimentícios subiram 0,44%, menos que no mês anterior (0,64%), e os não alimentícios tiveram alta de 0,19%, abaixo dos 0,40% de maio. No acumulado do ano, o INPC teve alta de 2,68% e, nos últimos 12 meses, de 3,70%.

Regionalmente, Belo Horizonte e Brasília tiveram as maiores variações (0,58%), influenciadas pela alta da energia elétrica e da taxa de água e esgoto, respectivamente. Porto Alegre apresentou a menor variação (-0,16%) devido à queda no preço do gás de botijão.

Os dados refletem uma melhora significativa na inflação, especialmente nos alimentos, o que é um alívio para as famílias de baixa renda. A próxima divulgação do IPCA, referente a julho, será feita em 9 de agosto.

Fonte: Brasil247

Por Ultima Hora em 11/07/2024

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