INIMIGOS Nº 1 DO ESTADO: 'Esses três criminosos; Zinho, Tandera e Abelha: não descansaremos enquanto não prendermos eles', disse Castro

'O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado', disse Castro, e logo depois 35 ônibus são incendiados e transporte público parou deixando milhões a pé

INIMIGOS Nº 1 DO ESTADO: 'Esses três criminosos; Zinho, Tandera e Abelha: não descansaremos enquanto não prendermos eles', disse Castro

Em coletiva de imprensa, o governador Claudio Castro prometeu caçar os 3 principais chefões do crime organizado no Rio de Janeiro.

''Esses três criminosos; Zinho, Tandera e Abelha: não descansaremos enquanto não prendermos eles”, disse Castro após morte de miliciano Fausto, em seguida 35 ônibus foram incendiados e caos foi estabelecido na zona Oeste.

Nada disso é o problema. O problema agora é Zinho, Tandera e Abelha. Lógico que bandido tem que ser tirado de circulação. Ninguém defende o contrário. Mas transformar isso na única política pública de segurança de um governo já foi feito no passado e não deu em nada.

O Rio já teve vários inimigos públicos número 1 desde a década de 1980. Já foi Escadinha, substituído por Gordo, substituído por Fernandinho Beira-Mar, substituído por Uê, substituído por Elias Maluco... Uma farta linha de produção onde não faltam peças de reposição, afirma Octavio Guedes.

Como no Rio não pode se dizer que chegamos ao fundo do poço, aguardemos as próximas ações da bandidagem. Ou a próxima coletiva do governador.

Faustão é o terceiro da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil do Rio.

Em 2017, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, morreu em operação da Delegacia de Homicídios da Capital.

Em 2021, foi a vez de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morrer após reagir à prisão em uma casa em Paciência, na Zona Oeste do Rio.

Imagens em @wagnerpaim.rj

Matheus da Silva Rezende, sobrinho do miliciano Zinho, morreu após ser baleado, nesta segunda-feira (23), em uma troca de tiros com a Polícia Civil, na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

O confronto envolveu policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE). Além da Core, agentes da Polinter estão no local.

Segundo a polícia, Matheus, também conhecido como Teteu e Faustão, era apontado como o segundo na hierarquia da milícia da região.

Recorde de 35 ônibus queimados em 1 dia no Rio afeta passageiros e gera prejuízo de mais de R$ 35 milhões

Cada ônibus comum queimado custará cerca de R$ 850 mil para repor. BRT novo custa cerca de R$ 2,4 milhões cada.

Segundo Trigueiro, cada modelo convencional dos ônibus que circulam no município custa cerca de R$ 850 mil. Já os modelos novos do BRT, ultrapassam os R$ 2,4 milhões por unidade.

Os ataques da última segunda queimaram 30 ônibus comuns e 5 veículos do BRT. No total, o prejuízo ultrapassa os R$ 37 milhões.

Circulação de ônibus na zona oeste do Rio está 90% normalizada

Vinte escolas da rede municipal estão fechadas.

A circulação de ônibus na zona oeste do Rio de Janeiro está com 90% de normalização na manhã desta terça-feira (24). A informação é da Rio Ônibus, o Sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio de Janeiro. A marca foi atingida por volta das 9h30. Nas demais regiões, a circulação é normal.

A circulação de veículos abaixo do normal na zona oeste é um reflexo da ação de milicianos que incendiaram 35 ônibus na tarde de segunda-feira (23), em reação à ação da polícia no combate a milicianos. Um homem acusado de ser líder da quadrilha foi morto.  

O serviço de BRT (ônibus expressos em vias exclusivas) normalizou a operação no ramal Transoeste, que circula pelos bairros onde houve o registro de ataques criminosos. Nas primeiras horas do dia, o intervalo estava irregular.  

As ações violentas causaram também impactos na circulação de trens. Uma composição foi atacada na última noite. Segundo a concessionária Supervia, a circulação no ramal Santa Cruz, que atende à zona oeste, só passou a ter os intervalos regulares perto das 9h. Apesar de as estações entre Santa Cruz e Campo Grande terem sido reabertas, o início do tráfego se deu às 4h, mais tarde que o normal, e houve suspensão de trens especiais e expressos que operam na região.  

Escolas fechadas

A Secretaria Municipal de Educação informou que 20 escolas da rede estão fechadas nesta terça-feira. Já na rede estadual, as escolas estão com funcionamento normal, porém, com baixa adesão, segundo a secretaria. Na noite de segunda-feira, 12 unidades da rede do estado suspenderam aulas nas áreas afetadas, abrangendo 2,9 mil alunos. 

Estágio de normalidade 

O Centro de Operações da prefeitura do Rio informou que a cidade retornou ao estágio de normalidade às 8h45 desta terça-feira. Ela estava em estágio de mobilização desde às 23h15 de segunda-feira por causa dos ataques. O Rio chegou a entrar em estágio de atenção às 18h40 de ontem.  

O estágio de normalidade - primeiro em uma escala de cinco - significa que não há ocorrências de grande impacto neste momento na cidade.  

Supervia

Segundo a Supervia, um trem que partia de Santa Cruz teve a cabine incendiada. Passageiros e maquinista desembarcaram em segurança. Seis estações foram fechadas, piorando ainda mais a volta para casa no primeiro dia da semana.  O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que 12 pessoas foram presas e vão responder por terrorismo.  

Apoio federal 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou hoje na rede social X – antigo Twitter – apoio ao estado do Rio. “Vamos compartilhar as soluções com o governo local para que o Rio possa voltar aos jornais pelas suas belezas e o que tem de melhor”, escreveu.  

“O Brasil tem um problema crônico no combate ao crime organizado. As condições de vida do nosso povo precisam melhorar. Precisamos juntar os governadores, prefeitos e o governo federal para pensar soluções conjuntas. A liberação das armas, de forma atabalhoada, fez com que o crime organizado se apoderasse de mais munição e vimos isso nos últimos anos”, acrescentou o presidente. 

“Esse governo não vai se esconder e dizer que é só problema dos estados. Eu já conversei com o Flávio Dino [ministro da Justiça e Segurança Pública] e hoje vou conversar com o Múcio [da Defesa]. Vamos usar a estrutura dos ministérios da Justiça e da Defesa para ajudar a combater o crime organizado e a milícia no Rio. Nós queremos compartilhar as soluções dos problemas dos estados com o governo federal”, concluiu Lula.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que os presos vão responder por terrorismo. 

Doze suspeitos foram detidos, sendo que seis liberados por falta de provas.

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Por Ultima Hora em 24/10/2023
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