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Em parceria com moradores, comerciantes e a população da área rural, o Sindicato dos Trabalhadores de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro (SINTSAMA) e o Sindicato da Região Norte Noroeste (Staecnon) conseguiram suspender o processo de licitação do fornecimento de água e tratamento de esgoto dos municípios de Bom Jesus, Conceição de Macabu, Cardoso Moreira, Porciúncula, Italva e Quissamã, que estava marcado para a última quinta-feira (5/2). De acordo com Vítor Duque, presidente do sindicato, a entidade já vem há muito tempo denunciando os problemas com a privatização dos serviços.
- O Consórcio Público Intermunicipal do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf) ofereceu para a prefeitura de Bom Jesus um valor de R$125 milhões para o fornecimento dos serviços de saneamento que seriam feitos em 35 anos de concessão, ou seja, até 2060, valor esse que diga-se de passagem não é suficiente para resolver o problema de água e esgoto de Bom Jesus. Já em contrapartida a Cedae ofereceu 235 milhões que seriam investidos até 2033 para a realização de obras de infraestrutura na área de saneamento, contribuindo para a geração de milhares de empregos diretos e indiretos. A única diferença é que fez o prefeito balançar, foi que o consórcio Cidennf estava oferecendo para a prefeitura de Bom Jesus R$ 10 milhões de pagamento da autorga, ou seja, o prefeito poderia usar esse valor em outras áreas - explicou
Vitor lembrou ainda que além de novos empregos, esse investimento iria incrementar a economia não só de Bom Jesus, como também de todos os municípios ao redor nos primeiros oito anos, o que colocaria o município em um patamar muito alto em relação ao tratamento e fornecimento de água e de esgoto.
- Depois que a direção do sindicato esclareceu as condições do consórcio durante audiência na Câmara de Vereadores de Bom Jesus, a população e os vereadores questionaram bastante a posição do prefeito. Diante disso, a Câmara Municipal solicitou esclarecimento ao consórcio e a Cedae adiou qualquer votação. Vale lembrar ainda que os R$ 235 milhões oferecidos serão investidos dentro do próprio município, em obras que com certeza irá impactar no turismo na área rural. Aceitar a proposta do consórcio por causa de 10 milhões é uma covardia pra os moradores de Bom Jesus - disse.
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