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A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) compartilhou um dado assustador: de 7 de outubro a 7 de janeiro, ao menos 85 jornalistas foram assassinados na região da Palestina. Desse total de trabalhadoras e trabalhadores, a esmagadora maioria é composta por profissionais palestinos, com 78 mortos. Até o momento, quatro profissionais israelenses e três libaneses foram mortos (estes últimos, também por Israel).
Outras fontes apontam números ainda maiores de jornalistas palestinos assassinados por Israel, que já seriam mais de 100. Como comparação, dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas indicam que 15 profissionais de imprensa foram mortos até agora em consequência da Guerra da Ucrânia, que teve seu início em 2022.
É evidente, portanto, que a quantidade do número de jornalistas mortos em tão curto período e a desproporção na quantidade de profissionais palestinos assassinados indicam aquilo que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) denunciam nos últimos meses: o que está em curso na Faixa de Gaza não é uma guerra regular entre forças militares, mas um verdadeiro extermínio do povo palestino empreendido pelo Estado de Israel.
As dezenas de jornalistas assassinados – em ataques que muitas vezes matam, igualmente, seus familiares – também indicam uma clara tentativa de cercear a livre circulação de informações. No último dia 7 de janeiro, o jornalista Hamza Al-Dahdouh, da rede Al-Jazeera, e o repórter cinematográfico Mustafa Thuraya, que fazia serviço freelancer para a agência AFP, foram mortos por um ataque de drone lançado por Israel.
É inaceitável que qualquer profissional de imprensa seja considerado um alvo militar e sofra qualquer tipo de agressão por realizar o seu trabalho. No entanto, todas as evidências são em sentido contrário: de que as forças armadas de Israel atacam e executam, de modo deliberado e criminoso, determinados grupos de profissionais, tais como jornalistas e outros profissionais de comunicação, médicos e socorristas. A ação de Israel, portanto, é um escandaloso massacre da categoria profissional dos jornalistas e de toda a classe trabalhadora palestina.
Neste site especial lançado pela FIJ (acesse aqui), há a contabilização do número de jornalistas mortos de acordo com fontes que estão no território do conflito, como é o caso do Sindicato dos Jornalistas da Palestina. “Precisamos desesperadamente apoiar nossos colegas em Gaza: a maioria deles perdeu suas casas e muitos perderam toda sua família. Necessitamos da sua solidariedade e ajuda para que se continue a reportar as atrocidades cometidas dia e noite contra a população de Gaza”, afirma Nasser Abu Baker, presidente do Sindicato dos Jornalistas da Palestina à FIJ.
Não há como compactuar com as crescentes atrocidades e crimes de guerra cometidos pelas forças armadas de Israel, por determinação de um governo sionista e fundamentalista que pretende nada menos que apagar a Palestina do mapa mundi. Por essa razão, não basta apenas demonstrar repúdio ao morticínio empreendido por Israel. Cada vez mais, há quem peça ao governo brasileiro para aderir à iniciativa BDS e romper relações comerciais e diplomáticas com o Estado de Israel.
Neste momento de grande dor para a categoria de jornalistas em todo o planeta, o SJSP e a FENAJ se solidarizam com os colegas palestinos e o povo palestino e dizem em alto e bom som: Israel, pare o genocídio em Gaza! Cessar-fogo imediato! Toda a solidariedade ao povo palestino!
FENAJ
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