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José Barroso Tostes Neto, ex-secretário da Receita Federal do Brasil durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não compareceu à sede da Polícia Federal (PF) na tarde desta segunda-feira (29) para prestar depoimento. O depoimento estava marcado para as 15h, mas até as 16h, a PF não havia recebido qualquer justificativa por parte da defesa de Tostes.
Segundo informações da CNN, Tostes havia sido intimado a depor e, portanto, não poderia faltar sem apresentar uma justificativa válida. Este é o segundo esforço da PF para ouvir Tostes no âmbito da investigação sobre o suposto monitoramento ilegal conduzido pela chamada "Abin Paralela". Na semana passada, a defesa de Tostes conseguiu adiar o depoimento que estava previsto para quinta-feira (25).
Os investigadores procuram esclarecer se houve desdobramentos práticos de uma reunião realizada no Palácio do Planalto, que contou com a presença de advogadas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, e do general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A suspeita é que membros da "Abin Paralela", a pedido de Jair Bolsonaro, tenham tentado formular estratégias para impedir a apuração de servidores da Receita Federal sobre Flávio Bolsonaro, investigado por um suposto esquema de rachadinha. Os investigadores querem determinar se Tostes sofreu pressão devido às investigações sobre Flávio, quem ordenou a abertura do processo disciplinar contra os fiscais da Receita envolvidos na apuração, bem como entender a razão por trás dos procedimentos internos.
A ausência de Tostes e a falta de justificativa por parte de sua defesa deixam em aberto a continuidade das investigações e reforçam a importância de seu depoimento para o esclarecimento dos fatos. A PF deve buscar novas medidas para garantir a presença de Tostes nas futuras convocações, além de continuar investigando os possíveis desdobramentos e envolvidos na questão da "Abin Paralela".
Este caso é parte de um contexto mais amplo de investigações sobre ações e estratégias que teriam sido empregadas para proteger membros da família Bolsonaro de apurações legais, adicionando mais camadas de complexidade e controvérsia ao legado do governo anterior.
Fonte: Brasil247
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