Justiça determina Liberdade de Advogada presa por Racismo em Fast Food em SP

Fabiani Marques Zouki deverá cumprir medidas cautelares após incidente em unidade do Burger King

Justiça determina Liberdade de Advogada presa por Racismo em Fast Food em SP

A Justiça determinou a soltura, na tarde desta sexta-feira (26), da advogada Fabiani Marques Zouki, que havia sido presa após proferir insultos racistas contra funcionários de uma unidade do Burger King em Moema, na zona sul de São Paulo. 

Decisão Judicial 

Fabiani deverá cumprir medidas cautelares, conforme decidido em audiência de custódia. Entre as medidas impostas estão a proibição de se aproximar das vítimas e do estabelecimento, devendo manter um distanciamento mínimo de 300 metros. Além disso, a advogada está proibida de ausentar-se da comarca onde reside por mais de oito dias sem comunicar à Justiça. Ela também deve comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, além de ser obrigada a manter seu endereço atualizado, devendo comunicar imediatamente qualquer alteração. 

O UOL tenta localizar a defesa de Fabiani. Questionado, o Tribunal de Justiça de São Paulo não soube informar qual advogado teria defendido a mulher na audiência de custódia. O espaço segue aberto para manifestação. 

Relembre o Caso 

Fabiani Marques Zouki, de 47 anos, teria causado uma confusão após ficar insatisfeita com o atendimento do estabelecimento. Ela chegou de carro na parte do drive-thru do local e estava sozinha na noite de quinta-feira (25). Segundo a polícia, a advogada fez ofensas racistas aos funcionários. O atendente Pablo Ramon da Silva Ferreira, de 25 anos, afirmou que Fabiani teria se referido a ele como "preto", "macaco" e "macaco sujo". "Aí eu me revoltei, eu não ia agredi-la, mas foi aí que desferi um soco no retrovisor do carro [dela]", contou em entrevista à TV Globo. 

Imagens de câmeras de segurança também flagraram a mulher chutando um dos trabalhadores. Em outros registros feitos por funcionários, a advogada aparenta estar alterada e diz: "Falou que eu chamei ele de preto, de macaco. Viajou na maionese. E daí se eu tivesse chamado? Isso não é justificativa para quebrar o meu carro".

Os funcionários chamaram a polícia, que constatou sinais de embriaguez na mulher. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), Fabiani se recusou a fazer o exame de bafômetro e foi presa em flagrante. O caso foi registrado como embriaguez ao volante e preconceito de raça ou de cor no 27º Distrito Policial (Campo Belo). 

Resposta da Empresa 

O Burger King afirmou que está prestando assistência psicológica e jurídica aos funcionários envolvidos no caso. A empresa também declarou que não "compactua de forma alguma com ofensas racistas, discriminação ou agressão física, e está colaborando com as autoridades para a investigação policial". 

 

Por Ultima Hora em 29/07/2024
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