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E a novela do Judiciário brasileiro continua, pessoal. Agora, o capítulo vem direto de Suzano, onde um juiz decidiu processar uma promotora por danos morais. A ação? A pedido de R$ 50 mil. Sim, você leu certo: cinquenta mil reais por "provocações e falas deselegantes". Tudo isso no palco onde, teoricamente, a ética e a justiça deveriam reinar, mas o que vemos, na verdade, é um clássico "fogo amigo" com direito a ironias afiadas e acusações pesadas.
O juiz Orlando Gonçalves de Castro Neto, titular da 1ª Vara Criminal da cidade, resolveu, aparentemente, que já estava na hora de dar um basta na troca de farpas com a promotora Fernanda Aliperti Coelho Prado Neubern. Desde que assumiu a vara criminal, em maio do ano passado, Neto vem tomando decisões que fizeram Fernanda perder a paciência. Aquele perfil legalista que, em vez de seguir a onda e aceitar tudo que vem do Ministério Público, ousa revogar prisões e rejeitar denúncias. Parece que o juiz não é fã de “fechar acordos” a qualquer custo, e isso azedou o relacionamento.
A promotora, em resposta, não poupou críticas. No seu vocabulário, as atitudes do juiz foram vistas como uma tentativa de forçar o MP a fazer acordos rápidos, ao invés de “suportar o árduo trabalho de instruir uma ação penal”. Com direito a chamar os argumentos do magistrado de “absurdos”, Fernanda foi além e protocolou uma reclamação disciplinar na Corregedoria do Tribunal de Justiça. Foi o estopim para o juiz, que agora exige uma indenização, alegando que foi alvo de ironias e ofensas.
A queixa do magistrado é que, ao entrar com a reclamação, a promotora não apenas atacou sua reputação, mas o acusou de crimes como desobediência e prevaricação. E, claro, o juiz não deixou barato: se é para fazer “fogo amigo”, então é melhor que isso tenha alguma compensação financeira, certo?
Agora, a trama vai para a audiência de conciliação, marcada para junho. Será que esse duelo de egos vai terminar com um cheque de R$ 50 mil ou com mais capítulos de um “drama judicial”? Só o tempo dirá. Mas, de uma coisa é certa: a justiça está parecendo mais uma grande novela, e o público (no caso, nós) só pode assistir e se perguntar: onde foi que a ética foi parar?
Por: Arinos Monge.
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