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O pré-candidato a prefeito teve mandado de prisão expedido contra o mesmo na época da Operação e esteve foragido – no processo conta interceptações telefônicas e confissões de vários envolvidos.
A maré não está para peixe para Fernando Jordão, hoje ocupando pela 4ª vez a cadeira de prefeito da cidade que é um referencial de turismo internacional para o país, competindo com diferenciados balneários mundialmente cobiçados, porém a violência, a ocupação do solo de forma irregular, e a falta de planejamento turístico, tem transformado a cidade num local de baderna, desvalorizando-a substancialmente.
LEIA AQUI Processo nº. 0020300-28.2007.8.19.0003 (2007.003.020203-9)
De refúgio de celebridades a palco de escândalos políticos, Angra enfrenta o desafio de resgatar sua glória.
Em tempos idos, Angra dos Reis era o cenário escolhido por hóspedes ilustres de calibre internacional, um verdadeiro refúgio de estrelas e personalidades globais. Hoje, as manchetes mal conseguem esconder a transformação da cidade em um cenário menos glamouroso, frequentado no máximo por ex-participantes de reality shows. Enquanto isso, destinos como Santa Catarina e Fortaleza despontam no horizonte turístico brasileiro, graças a uma combinação de regras mais rígidas, incentivos turísticos atraentes e serviços de qualidade superior. Angra dos Reis, com suas inigualáveis belezas naturais, parece perder terreno, vitimada por uma administração que afrouxa regras e reduz a fiscalização, comprometendo a qualidade de vida e o valor de seu maior ativo: a natureza.
Com um orçamento anual que ultrapassa os 2 bilhões de reais para cerca de 200 mil habitantes, Angra dos Reis deveria ser um exemplo de gestão e qualidade de vida. No entanto, a realidade é outra: a cidade ocupa, por exemplo, a 66ª posição no ranking de educação estadual, entre outros indicadores desfavoráveis.
A mídia hegemônica, por sua vez, parece negligenciar os graves problemas enfrentados pela cidade, como a falta de concursos públicos e a proliferação de nomeações de comissionados (mais de 1600) e terceirizações, práticas que deterioram ainda mais os serviços públicos oferecidos à população e que, paradoxalmente, garantem apoio eleitoral.
A política local, longe de oferecer soluções, parece mergulhada em escândalos. Na última quinta-feira, em meio a uma festa extravagante no bairro Japuíba, o prefeito Jordão lançou a pré-candidatura de Cláudio Sírio, o Ferreti, a prefeito da cidade.
Porém, no mesmo dia, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) solicitou a condenação de Ferreti por corrupção, em um processo que se arrasta desde 2007, fruto da Operação Cartas Marcadas, que já levou à prisão vários secretários municipais.
Ferreti, que chegou a ficar foragido na época da Operação Cartas Marcadas, agora enfrentará duas disputas, a do judiciário e as eleições 2024, na primeira enfrentará a sentença do Juiz de Direito da 1ª vara criminal da comarca de Angra dos Reis e na segunda enfrentará o candidato apoiado por Bolsonaro, Renato Araújo, o Venissius Barbosa (ex-secretário de governo de Jordão), e Zé Augusto (ex-presidente da Câmara) todos fortíssimos e ex-aliados do prefeito Fernando Jordão.
Este cenário desolador levanta questões profundas sobre a gestão pública e a integridade política. A cidade, outrora símbolo de beleza e refúgio, hoje reflete os desafios de combater a corrupção e revitalizar seu potencial turístico e social.
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