Lixo até o pescoço: Governo ajuda Petrópolis a desentupir as ruas e os rios

O cenário em Petrópolis é desolador: toneladas de lixo se acumulam nas ruas, entopem rios e ameaçam a cidade com uma crise sanitária e ambiental sem precedentes.

Desde o fim do ano passado, a coleta de lixo está emperrada, e os moradores já vivem o reflexo do descaso. Com a chegada do verão e das chuvas, o problema só piorou, transformando sujeira em alagamentos e riscos para a população.

Agora, o Governo do Estado resolveu intervir. Máquinas e caminhões da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade começam a operar na próxima segunda-feira (6) para acelerar a remoção desse lixo que, além de comprometer o meio ambiente, potencializa os perigos para os moradores. "Essa quantidade absurda de lixo piora os alagamentos e deixa a população ainda mais vulnerável", declarou Bernardo Rossi, secretário do Ambiente e Sustentabilidade, que lidera a força-tarefa ao lado do prefeito Hingo Hammes.

Recém-empossado, Hammes declarou que a situação é uma de suas prioridades. "Já retiramos mais de 1.200 toneladas de lixo só nesses primeiros dias, mas o apoio do Estado é crucial para devolver dignidade à população. Não podemos deixar que esse cenário continue", afirmou o prefeito.

O reforço estadual inclui quatro retroescavadeiras e oito caminhões, além de mais equipamentos que serão enviados conforme o andamento do trabalho. Coordenadas pela Comdep, as máquinas vão atuar em diferentes pontos da cidade para acelerar a limpeza.

Esse esforço não é novo. Em 2024, o programa Limpa Rio retirou mais de 116 mil metros cúbicos de detritos de rios, córregos e lagos da cidade. Apesar disso, a sujeira parece ter crescido ainda mais rápido que a capacidade de limpeza, mostrando que o problema vai além de medidas emergenciais.

A população, no entanto, segue cética, aguardando uma solução que vá além do improviso. Afinal, ninguém merece viver cercado de lixo e à mercê das chuvas. A grande questão é: será que agora a limpeza vira realidade ou será só mais um alívio temporário?

Por: Arinos Monge