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A Polêmica do Show da Madonna em Copacabana: Entre a Arte e a Indignação ou entre a Esquerda e a Direita, OU MELHOR, CONSERVADORES X PROGRESSISTAS
No coração do Rio de Janeiro, a praia de Copacabana foi palco de um dos eventos mais controversos do ano, protagonizado pela rainha do pop, Madonna, com participações estelares de Anitta e Pabllo Vittar. O show, marcado por performances audaciosas, como todos sabiam que iria ser por se tratar de"Madonna", mas mesmo assim o que desencadeou uma onda de debates sobre os limites da expressão artística e a proteção dos direitos das crianças e adolescentes.
"A arte deve confortar o perturbado e perturbar o confortável," disse certa vez Cesar A. Cruz
VISÃO DOS CONSERVADORES
Deputado Sóstenes Cavalcante "Pão, circo, indecência e promiscuidade"
Este evento parece ter levado essa máxima ao extremo. Enquanto alguns viram no espetáculo uma celebração da liberdade e da diversidade, outros, como o deputado Sóstenes Cavalcante, o classificaram como "absolutamente inaceitável", uma degradação pública na presença de menores de idade.
A classificação indicativa do show, um detalhe crucial em meio à polêmica, permanece um ponto nebuloso. As performances explícitas, incluindo encenações de atos sexuais, levantaram questionamentos sobre a adequação do conteúdo para um público que incluía crianças e adolescentes, como a filha do casal Luciano Huck e Angélica.
"A questão não é a arte, mas onde, como e para quem ela é apresentada," pondera a jornalista Denise Santana, ecoando as preocupações de muitos sobre a fiscalização e a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em eventos de grande magnitude.
Deputado Alan Lopes"Onde está o dinheiro?"
Além das questões éticas e legais, o show também está sob escrutínio financeiro. O deputado estadual Alan Lopes levantou dúvidas sobre a transparência dos custos e investimentos relacionados ao evento, cujo orçamento totalizou 60 milhões de reais, com contribuições significativas da prefeitura do Rio, do governo do Estado e de patrocinadores como Itaú Unibanco e Grupo Heineken.
Lopes questiona, buscando esclarecimentos sobre a discrepância de mais de 33 milhões de reais nas contas apresentadas. Uma pergunta que ressoa não apenas nos corredores do poder, mas também entre o público que busca transparência e responsabilidade dos envolvidos.
Deputado Marcio Gualberto acusa "Showmício" e crime eleitoral
Enquanto Eduardo Paes continua apostando na política do pão e circo e em obras de fachada, o povo padece, reclama o parlamentar.
"Inadmissível o uso de recursos públicos para patrocinar o espetáculo de horror que foi o show da Madonna no Rio de Janeiro.
Com 20 milhões de reais, sendo metade proveniente do Estado e a outra metade do Município, que poderiam (ou deveriam) ser investidos em áreas prioritárias como saúde e educação. Ao invés disso, presenciamos uma verdadeira exaltação da decadência e da pornografia, com o enaltecimento de figuras controversas. Madonna, aos quase 70 anos, protagonizou atos deploráveis, desrespeitando símbolos cristãos e a dignidade humana. É um insulto à inteligência e uma vergonha para nossa cultura".
VISÃO DOS PROGRESSISTAS
A Resposta da Comunidade Artística e dos Fãs
Enquanto políticos e parte do público expressam seu descontentamento, a comunidade artística e os fãs de Madonna defendem a liberdade de expressão artística e a importância de debater temas tabus de forma aberta. Argumentam que a arte, por vezes, precisa chocar para provocar reflexão e diálogo sobre questões contemporâneas.
Além dos apoiadores da esquerda, o show contou com a presença de figuras proeminentes da centro-direita e até mesmo de lideranças bolsonaristas, destacaram-se o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, que desfrutaram do evento na área VIP ao lado do senador Jorge Seif (PL-SC) e Fabio Wajngarten, advogado e assessor de comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Eduardo Paes promete mais eventos históricos para o Rio
O show de Madonna movimentou a economia da cidade, com um impacto financeiro estimado em mais de R$ 300 milhões
O show da Madonna da "Celebration Tour", em comemoração aos 40 anos de carreira, recebeu 1,6 milhão de pessoas na noite de sábado (4), em Copacabana, conforme a estimativa divulgada pela Empresa de Turismo do Rio de Janeiro (RioTur).
O público superou o do grupo Rolling Stones com a apresentação da turnê "A Bigger Bang", em 2006, quando compareceram entre 1,2 e 1,5 milhão de pessoas. O público recorde no show de Madonna alterou a dinâmica turística da cidade e fez com que o tradicional período de baixa estação tivesse inflação no preço da hospedagem e fortalecimento do comércio.
“Se preparem! Daqui pra frente, maio vai ser o mês de celebrar a mais incrível de todas as cidades!”
“O Rio é desejado pelo mundo. Temos que ter orgulho disso. Os desafios são muitos, mas nós vivemos em um lugar especial. Vamos cuidar e ter carinho com nossa cidade. Demos um show nessa semana da @Madonna! Viva o Rio e os cariocas!”, afirmou Paes em suas redes.
Governador Claudio Castro entre a Cruz e a Espada comemora os resultados do mega show e fala de 300 milhões de Retorno
"Entregamos um megaevento memorável para o RJ! Antes, durante e depois: a atuação coordenada das secretarias e equipes do #GovRJ no show da Madonna garantiu tranquilidade ao público que prestigiou a rainha do pop. Aliamos planejamento, tecnologia e estratégia para garantir o sucesso da operação #MadonnaInRio. Muito orgulho do nosso estado como anfitrião de uma festa tão linda".
Tutuca faz um brinde ao turismo fora de temporada
"Ajudar na captação de grandes eventos para o Rio de Janeiro não é gasto! É fomento ao turismo, à economia, à geração de emprego e renda, e à imagem do nosso estado no cenário internacional!"
Por Ralph Lichotti
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