Mãe Odélewá destaca a necessidade de diálogo sobre intolerância religiosa e a inclusão da cultura afro-brasileira na educação

 Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) sediou uma comissão especial que discutiu a importância da religiosidade na educação, com foco nas experiências e desafios enfrentados pelas comunidades de matriz africana. A conversa conto com a presença da Mãe Odélewá, que inclui suas preocupações e sugestões sobre a temática.

Durante a audiência, Mãe Odélewá destacou a relevância da educação religiosa nas escolas, especialmente em um contexto onde as crianças da Baixada Fluminense enfrentam casos de intolerância religiosa. “Acho que essa proposta de alteração é de suma importância. Mesmo que não exista uma educação religiosa formal, é essencial que as crianças entendam o que é religião e respeitem as diferentes crenças”, afirmou.

Ela ressaltou que a intolerância muitas vezes se concentra nas religiões de matriz africana, que enfrenta discursos de ódio. “O debate precisa incluir mais representantes de nossa cultura e religião, pois a educação sobre a nossa história pode servir como um peças históricas. Não devemos restringir o ensino sobre religiosidade apenas a uma disciplina, mas sim integrá-lo à história e cultura do nosso povo”, disse.

O deputado Carlos Minc também participou da discussão, enfatizando que a religiosidade deve ser focada nas escolas para promover a compreensão e o respeito entre as diferentes implicações. Mãe Odélewá expressou esperança de que a comissão traga resultados positivos, permitindo um maior diálogo entre políticos e a sociedade civil. “É fundamental que a voz da comunidade seja ouvida. O início desse debate já é um passo significativo para criarmos um cenário mais inclusivo e respeitoso”, concluiu.

A comissão segue com o objetivo de coletar respostas e opiniões sobre a inclusão da religiosidade na educação, promovendo um ambiente mais harmonioso nas escolas e na sociedade.

Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Oscar Müller