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Paulistas erguem a voz contra a privatização: a Sabesp é nossa
Em tempos de decisões cruciais, a voz do povo de SÃO PAULO ressoa contra os ecos da privatização da SABESP, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.
Revelada por uma pesquisa inédita conduzida pela Quaresma, entre os dias 4 e 7 de abril, com 1.640 entrevistados, a maioria dos paulistas se posiciona firmemente contra a venda desta que é uma das mais emblemáticas estatais sob a gestão de TARCÍSIO DE FREITAS. O leilão, agendado para o segundo semestre, parece agora enfrentar as águas turbulentas da opinião pública.
Aos números, a verdade:
52% dos entrevistados manifestaram-se contra a privatização da SABESP, enquanto apenas 36% se mostraram favoráveis à ideia. Entre os respondentes, 4% mantiveram-se neutros, "nem contra e nem a favor", e 8% optaram pelo silêncio, não querendo responder. Este resultado, indubitavelmente, é um reflexo não apenas de um sentimento de posse sobre os recursos naturais e serviços essenciais mas também uma reação ao desempenho menos que satisfatório da Enel nos últimos seis meses, o qual deixou marcas profundas na confiança da população em entidades privatizadas.
Neste cenário, faz-se mister recordar as palavras imortais de Rui Barbosa: "A justiça atrasada não é justiça, mas injustiça qualificada e manifesta." Assim, a pressa em privatizar, sem o devido consentimento e apoio da população, não pode ser vista como justa ou benéfica, mas como uma potencial fonte de desequilíbrio e injustiça social.
A discussão sobre o futuro da SABESP não é apenas sobre água e saneamento; é sobre garantir que os direitos básicos não sejam subjugados aos interesses de mercado. Como bem lembra outro brocardo jurídico, "Ubi societas, ibi jus" (Onde está a sociedade, aí está o direito), é dever de todos nós garantir que o direito à água, essencial à vida e à dignidade humana, permaneça acessível a todos, indistintamente.
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