Mais de 100 regiões da Baixada sem água: crise no abastecimento de água

Mais de 100 regiões enfrentam interrupção no fornecimento devido ao aumento de materiais sólidos nos rios

Mais de 100 regiões da Baixada sem água: crise no abastecimento de água

As fortes chuvas que atingem a Região Metropolitana do Rio de Janeiro desde a madrugada de domingo (20) desencadearam uma crise no abastecimento de água, afetando mais de 100 regiões da Baixada Fluminense. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) foi forçada a tomar medidas emergenciais para garantir a qualidade da água fornecida à população.

A produção de água nas represas Mantiquira, São Pedro, Tinguá e Xerém, que integram o Sistema Acari, foi interrompida devido ao aumento significativo de materiais sólidos, como lama e galhos, trazidos pelos rios durante as chuvas intensas. Apenas a represa de Rio D'Ouro continua em operação.

Técnicos da Cedae estão monitorando constantemente a situação, aguardando que a qualidade da água retorne aos níveis aceitáveis para retomar o fornecimento. A Águas do Rio, empresa responsável pela distribuição, já foi notificada sobre a situação e está trabalhando em conjunto com a Cedae para minimizar os impactos aos consumidores.

Entre as áreas mais afetadas estão:

  1. Duque de Caxias: Xerém, Saracuruna e Jardim Primavera
  2. Belford Roxo: Lote XV, Vale do Ipê e Parque dos Ferreiras
  3. Nova Iguaçu: Austin, Adrianópolis e Jardim Tropical
  4. Queimados: Camarim, Vila Central e Vila Nanci
  5. Japeri: Alecrim, Engenheiro Pedreira e Morro Citropolis

A Águas do Rio recomenda que os moradores das regiões afetadas economizem água, priorizando o uso de suas reservas para atividades essenciais até que o abastecimento seja normalizado.

A situação também afeta a Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, responsável pelo abastecimento de cidades da Baixada e da capital fluminense. Devido às alterações na qualidade da água bruta, a unidade está operando com apenas 73% de sua capacidade desde domingo. A retomada da produção integral depende da normalização dos padrões de qualidade da água, que continua sendo monitorada rigorosamente pelos técnicos da Cedae.

As concessionárias responsáveis pela distribuição de água nas regiões atendidas pela ETA Guandu foram notificadas e estão se preparando para o restabelecimento total do serviço assim que as condições permitirem.

Esta crise no abastecimento de água ressalta a vulnerabilidade dos sistemas de fornecimento diante de eventos climáticos extremos, evidenciando a necessidade de investimentos em infraestrutura e planejamento para lidar com situações semelhantes no futuro.

As autoridades pedem a compreensão e colaboração da população durante este período crítico, reforçando a importância do uso consciente da água até que a situação seja completamente normalizada.

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Por Ultima Hora em 22/10/2024
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