Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
O Processo 0600594-08.2024.6.19.0156, em andamento na 156ª Zona Eleitoral de Nova Iguaçu, RJ, escancara práticas de fraude à cota de gênero que colocam em xeque a legitimidade de cadeiras ocupadas na Câmara Municipal. A ação, proposta por Rodrigo Pereira Luiz (PSD), acusa a Federação PSDB/CIDADANIA de usar candidaturas femininas fictícias para cumprir a exigência legal de 30%.
PDT na expectativa
Embora o processo tenha o poder de embaralhar o jogo político, no campo do PDT, só quem aguarda ansiosamente é o suplente Marquinho do Chapéu. Com a diplomação dos eleitos marcada para o dia 19 de dezembro, ele sabe que a eventual redistribuição de cadeiras depende da decisão judicial sobre fraudes. Enquanto isso, muita paciência (e talvez um bom estoque de rivotril) será necessário para lidar com os ânimos agitados.
Para quem acredita que "um bom padrinho resolve tudo", vale lembrar que os olhos atentos de Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia estão mais do que vigilantes. A Justiça Eleitoral, ainda que lenta, não é cega – e as consequências para quem desrespeita as regras prometem ser severas.
As acusações e o impacto
O processo aponta que as candidatas Ingrid Soledade Benedito e Karen Angélica Silva dos Santos, registradas pela Federação PSDB/CIDADANIA, sequer chegaram a concorrer de fato, recebendo zero votos nas urnas. Além disso, as campanhas apresentaram movimentação financeira suspeita, incluindo transferências de recursos para outros candidatos, caracterizando desvio de finalidade.
Se as irregularidades forem confirmadas, a justiça poderá:
Declarar inelegíveis as candidatas fictícias.
Anular votos obtidos pela Federação PSDB/CIDADANIA e redistribuir as cadeiras com base no recalculo do quociente eleitoral.
Nesse caso, o PDT poderá sair beneficiado, garantindo mais espaço no legislativo, o que aumenta a expectativa de Marquinho do Chapéu.
Guaraná saiu de cena
Enquanto Marquinho espera, outro personagem do PDT, Guaraná, decidiu abandonar sua própria batalha. Protagonista do Processo 0600102-46.2024.6.19.0156, ele desistiu antes mesmo da diplomação, atendendo a pedidos internos e saindo de campo no primeiro tempo.
Justiça e a cobrança popular
Independentemente dos interesses individuais, o que está em jogo é a integridade do sistema eleitoral. Fraudes como as identificadas no Processo 0600594-08.2024.6.19.0156 não só burlam a lei como comprometem a representatividade política.
A Justiça Eleitoral, pressionada por casos de grande repercussão, deve mostrar que não há lugar para jeitinhos ou apadrinhamentos no processo democrático. E, enquanto o resultado não chega, Nova Iguaçu vive um suspense político digno de novela, com suplentes, eleitores e autoridades de olho na trama que promete novos capítulos em breve.
Por: Arinos Monge.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!