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O advogado do general da reserva Walter Souza Braga Netto, José Luís Oliveira Lima, disse nesta sexta-feira, 27, que o tenente-coronel Mauro Cid é um “mentiroso contumaz”.
José Luís afirmou que pretende solicitar uma acareação – procedimento utilizado para confrontar informações prestadas à Justiça – entre Braga Netto e Cid. Ele disse que solicitará o procedimento assim que tiver acesso aos autos. “Vou pedir uma acareação entre Braga Netto e o Cid. Quero os dois ali, um na frente do outro”.
As informações foram dadas em entrevista ao programa Estúdio i, da Globo News. O acordo de delação premiada de Cid é peça no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado, no qual Braga Netto é investigado. O advogado foi lembrado pelos jornalistas de que as acusações contra o general não se baseiam apenas nas declarações de Cid, mas também em documentos e provas concretas.
José Luís Oliveira Lima, conhecido como Juca, afirmou ter conversado com Braga Netto apenas cinco vezes e estar à frente da defesa do general há apenas dez dias. Lima repetiu a declaração de que não pretende utilizar uma delação premiada como estratégia de defesa. Segundo o advogado, como seu cliente não cometeu crime, não há o que ser delatado.
Lima tem mais de três décadas de experiência e trânsito nos tribunais superiores do país. Ele defendeu nomes como o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães e o humorista Marcius Melhem.
José Luís Oliveira Lima, advogado do general da reserva Walter Souza Braga Netto
Defesa de Braga Netto questiona participação de Moraes no processo
O advogado criminalista afirmou também que, após o Ministério Público Federal (MPF) apresentar a denúncia e os investigados se tornarem efetivamente réus, a participação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no processo será questionada.
De acordo com Lima, o motivo é o fato de o ministro ser parte envolvida como vítima, uma vez que o plano de golpe previa o assassinato de Moares.
“Caso ele (Alexandre de Moares) participe do julgamento, no momento oportuno, terei que alegar a nulidade do julgamento com base em uma defesa técnica”, disse, acrescentando que sua preocupação é que o julgamento seja técnico e não político. “Realmente não fico confortável, após a apresentação da denúncia, que o ministro Alexandre de Moraes, que teria sido vítima desse suposto golpe, atue no julgamento”, afirmou.
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