Meio bilhão remanejado em uma semana: Paes prioriza pessoal e corta prevenção em tempo de eleição

Prefeito remanejou recursos e em uma semana destinou mais de meio bilhão de reais para cobrir despesas com pessoal

Meio bilhão remanejado em uma semana: Paes prioriza pessoal e corta prevenção em tempo de eleição

NO VALE TUDO DA REELEIÇÃO, PAES NEGLIGENCIA OBRAS DE PREVENÇÃO E CORTA R$ 67,9 MILHÕES DA GEO-RIO

TESOURA DE PAES ATINGE EM CHEIO A GEO-RIO: R$ 67,9 MILHÕES CORTADOS

O Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), realizou mais um polêmico remanejamento de verbas públicas. Desta vez, a tesoura atingiu em cheio a Fundação Geo-Rio, órgão técnico responsável por obras de prevenção na cidade. Foram cancelados nada menos que R$ 67,9 milhões que seriam destinados à estabilização geotécnica, conforme publicado no Diário Oficial de 15 de julho.

Os recursos foram divididos entre despesas complementares com pessoal e ações de manutenção da regularidade cadastral, financeira, contábil e fiscal da prefeitura. Uma manobra que, nas palavras do saudoso Roberto Marinho, fundador do Grupo Globo, "é como trocar seis por meia dúzia". Afinal, de que adianta manter as contas em dia se a população fica desprotegida diante das fortes chuvas que assolam a cidade?

A pré-candidata a vice de Marcelo Queiroz e vereadora Teresa Bergher (PSDB), conhecida por sua atuação fiscalizadora, não poupou críticas ao prefeito. "Quando vierem as chuvas de verão e o município sofrer com as causas das enchentes, não tem Jesus, Nossa Senhora. Todo ano é esse suplício, o prefeito negligencia justamente as importantes ações de combate aos efeitos das chuvas. Por que não tira dos eventos, que não são prioridade?", questionou a parlamentar, evocando o famoso bordão da apresentadora Hebe Camargo.

Não é de hoje que Eduardo Paes tem sido alvo de críticas por suas escolhas orçamentárias. Em apenas uma semana, o prefeito já remanejou mais de meio bilhão de reais para cobrir despesas com pessoal, enquanto áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura sofrem com a falta de investimentos. Uma postura que lembra a icônica frase de Chacrinha: "Eu vim para confundir, não para explicar".

Resta saber até quando a população carioca vai tolerar as "confusões" do prefeito Paes. Como bem disse o poeta Cazuza, "o tempo não para". E as chuvas de verão estão cada vez mais próximas, ameaçando expor as consequências da falta de prevenção. Será que, desta vez, o prefeito vai ouvir o recado das urnas e priorizar o bem-estar da cidade? Só o tempo dirá.

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Por Ultima Hora em 19/07/2024
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