Mesquita em Alerta: Explosão de multas em 2023 levanta suspeitas de manipulação eleitoral

Prefeitura embolsa meio milhão de reais em multas, alimentando desconfianças de que as infrações estão sendo usadas como arma de arrecadação e controle em pleno ano de eleições.

Foto: Mesquita Informa.

Em 2023, prefeitura arrecadou meio milhão de reais em multas, enquanto moradores questionam se as infrações não estão sendo usadas como estratégia de arrecadação e controle.

Aplicação de multas de trânsito em Mesquita, Rio de Janeiro, tem gerado polêmica entre os moradores e levantado suspeitas sobre possíveis motivações políticas por trás da intensificação das fiscalizações. Dados obtidos no portal de transparência da prefeitura revelam que, em 2023, o município arrecadou aproximadamente meio milhão de reais apenas com multas, sendo que, só em janeiro, o valor chegou a 41 mil reais. O aumento na arrecadação com multas coincide com o período de pré-campanha eleitoral, o que gerou questionamentos por parte da população sobre a finalidade desses recursos. Muitos moradores têm relatado um aumento no número de autuações, especialmente em áreas movimentadas como a praça da Telemar, onde há uma percepção de que a fiscalização se tornou mais rigorosa.

Rua sendo usada como espaço para colocação de mesas, qual a punição?

“É impressionante como, de repente, parece que o foco mudou para multar o máximo possível de pessoas. A sensação é de que a prefeitura está tentando encher os cofres às custas dos cidadãos, especialmente em um momento em que estão se preparando para mais uma eleição “, comenta José da Silva, morador do bairro da Baronesa de Mesquita. Além dos relatos de moradores, comerciantes locais também expressam preocupação. Eles afirmam que as multas estão afetando o movimento e causando transtornos para quem depende do fluxo de clientes. “Nossos clientes estão com medo de parar aqui e acabar multados. Está ficando insustentável trabalhar dessa forma”, desabafa Maria Santos, dona de uma padaria na região. Questões de Transparência e uso dos recursos diante desse cenário, surge a pergunta: para onde está indo todo esse dinheiro arrecadado?

 

O aumento expressivo na receita oriunda de multas não se traduz em melhorias visíveis na infraestrutura urbana ou na segurança do trânsito. Pelo contrário, o que se vê são ruas cada vez mais esburacadas e a insegurança aumentando em várias partes do município. “Não há clareza sobre como esses recursos estão sendo utilizados. A população paga, mas não vê retorno. É essencial que a prefeitura explique para onde vai esse dinheiro“, defende Carlos Pereira, morador do bairro de Edson Passos. Interesses políticos em Jogo? A atual administração, liderada pelo prefeito Jorge Miranda, enfrenta críticas por parte da oposição e dos moradores. A percepção de que a intensificação das multas possa estar ligada a um esforço de arrecadação para financiar campanhas eleitorais gera revolta. “Em ano eleitoral, tudo fica mais suspeito. Precisamos de respostas e de transparência. O povo não pode ser explorado dessa forma“, argumenta Pereira.

 

A prefeitura, até o momento, não se manifestou sobre as alegações de uso excessivo das multas como fonte de arrecadação. Enquanto isso, a população de Mesquita segue questionando se as penalidades estão sendo aplicadas de maneira justa ou se são parte de uma estratégia mais ampla de controle e financiamento político.

Conclusão: Com as eleições se aproximando, a desconfiança cresce e a demanda por transparência se torna cada vez mais urgente. É fundamental que os cidadãos tenham clareza sobre a aplicação dos recursos públicos e que as multas não sejam usadas como instrumento de exploração econômica ou controle social. A população de Mesquita merece respostas e, principalmente, respeito.

Do Jornal Magazine Rio

Por: Arinos Monge

 

Por Ultima Hora em 27/08/2024
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