Michelle obama reafirma recusa de candidatura presidencial, mas cenário político continua incerto

  A resistência do presidente Joe Biden em buscar a reeleição nas eleições presidenciais dos Estados Unidos abriu um novo cenário político, levantando especulações sobre possíveis candidatos democratas para a corrida de 2024. Entre os nomes que emergiram, destaca-se o de Michelle Obama, ex-primeira-dama e uma figura extremamente respeitada.

Embora Michelle Obama tenha sido considerada uma forte candidata pelos analistas políticos, a ex-primeira-dama reiterou a sua decisão de não se candidatar. Em uma declaração oficial enviada à NBC News em março, sua diretora de comunicação, Crystal Carson, afirmou que “como a ex-primeira-dama já expressou várias vezes ao longo dos últimos anos, ela não vai concorrer à presidência. Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris na campanha de reeleição."

Michelle Obama, advogada e escritora, é amplamente reconhecida por seu trabalho em defesa da equidade racial e dos direitos humanos. Nascida em Chicago em 1964 e formada em Direito pela Universidade de Harvard, ela desempenhou papéis importantes em organizações sem fins lucrativos e governamentais. Sua popularidade e liderança foram evidentes ao longo dos oito anos de sua atuação como primeira-dama, o que se tornou uma candidatura atraente para muitos.

Apesar de sua recusa oficial, Michelle Obama cumpre todos os requisitos constitucionais para uma candidatura presidencial. Ela supera a idade mínima, é cidade americana e reside nos Estados Unidos há mais de 14 anos. A Constituição proíbe a reeleição de um presidente que já cumpriu dois mandatos, ou que impossibilite seu marido, Barack Obama, de concorrer novamente.

Pesquisas recentes indicam que Michelle Obama seria uma candidata forte caso decidisse entrar na corrida. Um levantamento Ipsos/Reuters de início de julho revela que, em um cenário hipotético de disputa contra Donald Trump, Michelle Obama teria uma vantagem de 11 pontos percentuais, com 50% das interessadas de voto contra 39% para Trump. Em comparação, a atual vice-presidente Kamala Harris apresenta uma disputa mais acirrada com Trump, registrando 42% contra 43% do ex-presidente.

Kamala Harris, no entanto, tem-se destacado como a principal candidata para representar o Partido Democrata. Após a resistência de Biden, ela recebeu o apoio oficial do presidente, bem como figuras proeminentes como os ex-presidentes Bill e Hillary Clinton. A decisão final sobre o candidato democrata será tomada na convenção do partido, marcada para agosto.

A indefinição persiste, e o cenário político continua a evoluir. A convenção de agosto será crucial para determinar quem será o candidato democrata na disputa presidencial de 2024.

 

Fonte: Uol