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Após inúmeras tentativas da direção do Sindicato dos Rodoviários solicitar que o Ministério Público do Trabalho (MPT) fosse mediador entre o sindicato e a Mobi Rio, empresa que administra o BRT, sobre as denúncias recebidas de abusos cometidos pela empresa como excesso de jornada, assédio moral, constrangimento ilegal e abuso de poder, foi marcada para amanhã, às 10h, por vídeoconferência, a audiência que irá definir esse imbróglio.
Segundo Sebastião José, presidente do sindicato, a Mobi Rio já realizou 70 homologações para dispensa de motorista que de acordo com ele, não tem nenhum valor, já acima de 10 homologações é necessário a realização de um acordo coletivo.
- Por esse motivo que pedimos a intervenção do MPT. Existem profissionais que trabalhavam 15 e até 20 anos em uma empresa e que pediram dispensa para irem trabalhar na Mobi Rio e agora estão arrependidos. O sindicato não irá tolerar nenhuma situação que caracterize trabalho escravo ou exploração dos profissionais que atuam em uma empresa considerada modelo na área do transporte urbano, e que por fim se transformou em um verdadeiro pesadelo - disse.
Sebastião afirmou também que desde o ano passado a direção do sindicato vem recebendo denúncias dessas possíveis irregularidades cometidas pela empresa, tanto que duas videoconferências foram realizadas, uma nota dia 21 de novembro e outra em 5 de dezembro, onde a empresa se comprometeu em enviar os documentos solicitados pelo sindicato provando que ela não age de ma fé com os trabalhadores, mas até o momento nada foi enviado.
Ele lembra ainda que hoje 23 mil motoristas estão empregados no setor de transportes, sendo aproximadamente 3.700 profissionais como motoristas, fiscais, operadores e mecânicos queatuam no BRT.
- Eles alegaram que não poderiam enviar a documentação baseados na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Porém, essa lei abre uma exceção para o sindicato por ser órgão fiscalizador da categoria; já que não podemos apurar irresponsabilidades sem ter acesso à documentação. Essa alegação na verde não procede, pois estamos solicitando apenas guias ministeriais e dados operacionais por amostragem, e não dados completos da empresa - explicou o presidente.
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