Ministra do Turismo do Governo Lula é acusada novamente de conexão com milícia

O grupo tamb

A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, foi acusada novamente nesta quinta-feira (5) de receber apoio da milícia do Rio de Janeiro durante sua campanha eleitoral. Ela foi reeleita como deputada federal (União Brasil-RJ) em 2022 com 213.706 votos –a mais votada do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo o jornal O Globo, Fábio Augusto de Oliveira Brasil, conhecido como “Fabinho Varandão”, é réu na Justiça acusado de chefiar um grupo paramilitar que ameaça moradores de 10 bairros de Belford Roxo, na região da Baixada Fluminense. O grupo também controla serviços clandestinos de TV e internet e a venda de gás.

Em seu perfil no Instagram, Fabinho, que também é vereador (MDB) e secretário de Ciência e Tecnologia de Belford Roxo, pediu votos para Daniela em 2022. “Lá na urna, é Daniela do Waguinho 4412 para deputada”, escreveu em uma publicação de setembro de 2022. 

Fabinho também comemorou a indicação da deputada para o Ministério do Turismo. “Orgulho em dizer que a nossa querida Deputada Federal, Daniela do Waguinho foi anunciada como a nova Ministra do Turismo pelo nosso presidente Lula”, disse.

A ministra e seu marido, Waguinho (União Brasil), prefeito de Belford Roxo (RJ), já haviam recebido acusações de manter vínculo com a família do ex-policial militar Juracy Alves Prudêncio, há pelo menos 4 anos.

“Jura”, como é chamado o ex-PM, foi condenado e preso por chefiar uma milícia na Baixada Fluminense.

O jornal Folha de S. Paulo também mostrou na quinta-feira (5) que familiares do ex-vereador de Belford Roxo Márcio Pagniez, conhecido como Marcinho Bombeiro, fizeram campanha para Daniela em 2022.

Ele está preso desde 2019, acusado de homicídio pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e de comandar a “Tropa do Marcinho”, grupo que fazia parte de uma milícia que atuava no bairro de Andrade de Araújo, em Belford Roxo.

Em nota enviada ao Poder360 na 4ª feira (4.jan.2023), a ministra Daniela Carneiro informou que recebeu apoio de “milhares de eleitores” do Estado do Rio de Janeiro durante a campanha eleitoral de 2018. Ela diz ainda que cabe à Justiça “julgar quem comete possíveis crimes”.