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Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), participou de uma palestra na Itália, a convite da Alfa Escola de Direito e da Unialfa, ambas instituições privadas de ensino localizadas em Goiás e pertencentes ao Grupo José Alves. Essas empresas haviam sido condenadas anteriormente por suposta disseminação de fake news relacionadas ao kit Covid, defendendo o uso do tratamento contra covid, como ivermectina e cloroquina. A notícia foi divulgada pela TV Band.
Cabe mencionar que o Grupo José Alves é proprietário da Vitamedic, uma indústria farmacêutica responsável pela produção de ivermectina no Brasil. Nesse mesmo processo, a indústria farmacêutica do grupo também foi condenada por lucrar significativamente com a venda do medicamento.
No mês de maio deste ano, a Justiça Federal no Rio Grande do Sul determinou que as empresas do Grupo José Alves e a entidade Médicos pela Vida pagassem R$ 55 milhões em indenizações por danos morais coletivos à saúde, devido à disseminação de informações falsas relacionadas ao tratamento da Covid-19.
O evento em que Moraes palestrou ocorreu na Universidade de Siena, na Itália, porém foi organizado pela Unialfa, que possui dois cursos de Direito em Goiânia. Dentre os 31 palestrantes convidados, 20 eram do Brasil, incluindo 11 da própria Unialfa.
Após o evento, durante o retorno ao Brasil no aeroporto de Roma, Moraes e seus familiares se envolveram em um episódio que resultou em um inquérito da Polícia Federal sobre suposta agressão.
Além disso, o diretor da Vitamedic foi chamado para depor na CPI da Pandemia. Durante a CPI, os senadores solicitaram a quebra do sigilo telefônico e fiscal do presidente do grupo, mas essa medida foi evitada por um mandado de segurança impetrado no próprio Supremo Tribunal Federal.
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