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O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) revelou à Polícia Federal que foi o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que "botou o dedo na cara" do general Eduardo Pazuello, que ocupava à epoca o cargo de ministro da Saúde, afirmando que o tiraria da cadeira.
O parlamentar revelou ainda que a fala de Pazuello sobre "pixulé" era em referência a Lira.
Segundo Miranda, Pazuello afirmou que Lira se voltou contra Pazuello após sua negativa em liberar recursos para municípios do seu interesse.
Jair Bolsonaro estava ciente da pressão de Lira sobre Pazuello, segundo o deputado.
"Então o Pazuello olha para minha cara e diz assim: 'deputado, posso falar a verdade? Eu, em seis horas andando de helicóptero com ele, não consegui 10 minutos de atenção dele. Eu não consigo falar com ele. Eu tenho coisas para resolver com ele. No final do ano eu levei uma pressão tão grande que eu não sei exatamente como resolver. Uma pressão de um cara...'. Eu falei: 'que cara?'. Ele: 'o Arthur Lira porra, o Arthur Lira botou o dedo na minha cara e falou assim: 'vou te tirar dessa cadeira', porque eu não quis liberar a grana para a listinha que ele me deu dos lugares que ele queria que recebessem. E eu falei 'o presidente sabe disso?', e ele: 'lógico que ele sabe. Eu falei para o presidente'".
"Eu falei: 'isso então é aquele desabafo que você fez do pixulé?' E ele: 'é, porra. Aquela história lá que eu falei'".
Em seu segundo depoimento à CPI, Eduardo Pazuello disse que não conhecia Luis Miranda e que soube quem era o deputado através da imprensa. O primeiro depoimento foi considerado um dos mais contraditórios segundo levantamento da equipe de verificação de dados da Comissão Parlamentar de Inquérito.
A PF ouviu Miranda no inquérito que investiga se Bolsonaro prevaricou no caso da Covaxin. (Com Brasil247)
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