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Moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, relatam que policiais militares do 7º BPM fizeram festa em uma piscina a cerca de 500 metros de onde foram encontrados corpos em um mangue na manhã de hoje. A Polícia Civil diz que foram encontrados oito mortos.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, com base em relatos de moradores, fala em 11. A festa teria acontecido na noite de sábado (20) e entre a noite de domingo (21) e a madrugada desta segunda (22), ou seja, antes e depois da chacina — que aconteceu no início da noite de domingo.
Os relatos dão conta de que um grupo de ao menos 20 policiais militares entrou no Piscina's Bar na tarde de sábado, e ficou até as 22h. No domingo, por volta das 18h, o grupo voltou para a piscina e ficou até a madrugada.
A reportagem visitou o local e presenciou garrafas quebradas, panelas cheias de comida e sinais de uso da piscina.
Há também sinais de uso de cigarros e uma Bíblia estava aberta em um balcão. As garrafas de uísque, vodca e outras bebidas mais caras não estavam no local na tarde de hoje. Os moradores afirmam que ao sair da piscina, os PMs desejavam "feliz natal" a quem estivesse na rua.
Dentro do estabelecimento, que estava fechado desde a última invasão — também por PMs, segundo moradores— há inscrições que fazem menção a dois grupos milicianos diferentes, bonde do Ecko e do Tandera, além de uma menção à facção criminosa Terceiro Comando Puro.
No portão de saída, o grupo deixou uma mensagem escrita a giz "agradecendo pela recepção". Na assinatura, uma menção a "variante delta", como mostra a imagem abaixo. Extraoficialmente, delta é um dos grupos de elite dentro da Polícia Militar.
Os relatos também afirmam que dois veículos blindados do Bope (conhecidos como caveirões) bloquearam a entrada do estabelecimento enquanto os PMs faziam festa.
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