Morre Heloisa Teixeira, escritora e referência nos estudos culturais

Morre Heloisa Teixeira, escritora e referência nos estudos culturais

A escritora e intelectual Heloisa Teixeira faleceu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos, em decorrência de uma insuficiência respiratória aguda provocada por pneumonia. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde ocupava a cadeira 30 desde 2023, Heloisa deixa um legado expressivo no campo do pensamento crítico e dos estudos culturais. O velório acontecerá neste sábado (29), na sede da ABL, localizada no Centro do Rio de Janeiro.

Em nota oficial divulgada nas redes sociais, a diretoria da ABL prestou homenagem à escritora, destacando sua relevância para a cultura nacional. "Nossa querida Helô foi imensa – e deixa um legado incontestável de pensamento crítico, generosidade e compromisso com uma cultura mais justa, plural e inclusiva. Eleita para a cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo a escritora Nélida Piñon, trouxe à ABL não apenas sua brilhante sagacidade intelectual, mas também um espírito de acolhimento e fraternidade que marcou profundamente todos com quem conviveu", diz o comunicado.

Uma trajetória marcada pelo pioneirismo

Nascida em Ribeirão Preto (SP), Heloisa Teixeira teve uma carreira notável, sendo referência nos estudos de relações de gênero, cultura digital e expressões artísticas de grupos marginalizados. Sua visão inovadora ajudou a moldar os estudos culturais no Brasil, antecipando mudanças sociais e estéticas que influenciaram gerações de pesquisadores e intelectuais.

Entre suas obras mais conhecidas estão 26 poetas hoje (1976), antologia que revelou nomes importantes da poesia marginal, e Explosão feminista (2018), uma análise sobre os desdobramentos do feminismo contemporâneo. Além de escritora, foi professora emérita da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), um dos principais espaços de reflexão crítica no país.

Nos últimos anos, Heloisa optou por adotar o sobrenome materno, passando a assinar como Heloisa Teixeira em vez de Heloisa Buarque de Hollanda, em um ato simbólico de reafirmação de sua identidade e trajetória. Sua vida e obra foram recentemente retratadas no documentário O nascimento de H. Teixeira, lançado pelo Canal Curta! em março de 2025.

Por Vitrine em 28/03/2025

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