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Em uma reviravolta surpreendente no cenário científico e educacional do Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro anunciou uma significativa mudança de comando em duas importantes instituições do estado. Caroline Alves, atual presidente da Faetec, foi nomeada para assumir a presidência da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), enquanto Alexandre Valle, ex-secretário Estadual de Educação, assumirá o cargo deixado por Alves na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).
A decisão foi tomada após uma reunião crucial realizada na tarde desta quinta-feira, 24, entre o secretário de Ciências e Tecnologia, deputado Estadual Anderson Moraes, o presidente estadual do PL, deputado federal Altineu Côrtes, e o governador Cláudio Castro. Este encontro selou o processo sucessório que vinha sendo especulado nos bastidores políticos e acadêmicos do estado.
Caroline Alves da Costa, que agora assume a presidência da Faperj, traz consigo um perfil marcadamente acadêmico. Com uma formação robusta que inclui cursos de Formação Continuada em Desenvolvimento Humano e Processos Educacionais, Administração da Educação, Gestão de Pessoas, e Gerenciamento de Projetos pela renomada Fundação Getúlio Vargas, Alves promete trazer uma nova perspectiva para a instituição de fomento à pesquisa.
Sua experiência prévia como administradora e pedagoga das Naves do Conhecimento, um projeto inovador da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, bem como sua atuação como assessora de projetos nas Secretarias Estaduais de Assistência Social e Direitos Humanos, incluindo o projeto Caminho Melhor Jovem em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), demonstram sua capacidade de lidar com iniciativas de grande impacto social e científico.
Por outro lado, Alexandre Valle, que assume a presidência da Faetec, traz consigo uma bagagem considerável de sua passagem como secretário Estadual de Educação. Sua experiência na interiorização dos cursos e na valorização da mão de obra especializada promete ser um trunfo para a instituição responsável pela educação técnica no estado.
Esta mudança de comando não ocorre sem controvérsias. Antes da definição dos nomes de Valle e Alves, cogitou-se a nomeação do professor Victor Travancas, conhecido como o ombudsman informal do governo do estado. Travancas ganhou notoriedade ao denunciar, na CPI da Transparência da Alerj, a existência de um projeto que supostamente beneficiava um subsecretário que também era conselheiro da Faperj.
A nomeação de Caroline Alves para a Faperj atende a algumas demandas da sociedade civil organizada, incluindo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que vinha pleiteando uma liderança mais acadêmica para a Fundação. Esta decisão pode ser vista como uma tentativa de equilibrar as expectativas do setor produtivo com as necessidades da comunidade científica.
É importante ressaltar que a Secretaria de Ciências e Tecnologia faz parte da cota do Partido Liberal (PL), que detém o direito de indicar os ocupantes dos cargos de direção da pasta. Esta movimentação política reflete as complexas negociações e alianças que permeiam a administração pública estadual.
No entanto, nem todos estão satisfeitos com as mudanças anunciadas. Um grupo de cientistas e professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) criou uma petição pública manifestando-se contra a nomeação de Alexandre Valle para a Faperj, classificando-o como um político alinhado ao bolsonarismo. A petição destaca a preocupação da comunidade acadêmica com a possível politização de uma instituição crucial para o desenvolvimento científico do estado.
As nomeações de Caroline Alves e Alexandre Valle marcam um novo capítulo na gestão da ciência, tecnologia e educação técnica no Rio de Janeiro. Enquanto alguns veem as mudanças com otimismo, esperando uma renovação nas abordagens e políticas das instituições, outros expressam preocupação com a possível interferência política em áreas tradicionalmente guiadas por critérios técnicos e acadêmicos.
O governador Cláudio Castro e sua equipe agora enfrentam o desafio de demonstrar que essas nomeações resultarão em avanços concretos para a pesquisa científica e a educação técnica no estado, áreas fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro. A comunidade científica, o setor produtivo e a sociedade em geral estarão atentos aos próximos passos e às políticas que serão implementadas sob essa nova liderança.
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