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DA REDAÇÃO – Não é primeira vez, mas quem acompanha com acuidade os movimentos do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (Sem partido) sabe que é só mais um “mimimi”, para usar uma expressão cara ao bolsonarismo. O presidente ataca e diz que é atacado, ameaça e diz que é ameaçado, é apologista da ditadura, mas diz que estamos sob uma ditadura e hoje, o mandatário que sempre afirma que “Só Deus me tira dessa cadeira”, voltou a se queixar do cargo que ocupa.
Foi durante discurso em evento na cidade de Cuiabá (MT), nesta quinta-feira (19), em que ele mais uma vez ele sinalizou que pode não disputar a reeleição. “Tem muita, mas muita gente melhor do que eu por aí. Não faço questão de dizer que quero ser presidente. Agora, a barra é pesada. Tu tem que ter couro grosso”, declarou.
“Não queiram minha cadeira. Não é fácil sentar naquela cadeira de ‘criptonita’. Os interesses são os mais variados possíveis que chegam até você, quase sempre não republicanos”, afirmou ainda, em tom emocionado.
A nova reclamação de Bolsonaro sobre ser presidente repercutiu nas redes sociais e fez o termo “renuncia” chegar à lista de assuntos mais comentados do Twitter.
Essa já é ao menos a 6ª vez que Bolsonaro se queixa e fala sobre as dificuldades de ser o chefe do Executivo.
Ainda durante a agenda em Cuiabá, o presidente baixou o tom Baixando o tom, disse querer “paz e tranquilidade” e afirmou que pode sentar à mesa para dialogar com os ministros.
“A minha voz vai continuar sendo usada. Não estou atacando ninguém, nenhuma instituição. Algumas poucas pessoas estão turvando as águas do Brasil. Quero paz, quero tranquilidade. Converso com o senhor Alexandre de Moraes, se quiser conversar comigo. Converso com o senhor Barroso, se quiser conversar comigo. Converso com o Salomão, se quiser conversar comigo. Ele fala o que ele acha que está certo, eu falo o que acho que está para o lado de cá. E vamos chegar num acordo”, disse o mandatário do executivo.
Para corroborar a percepção do presidente sobre si próprio, pesquisa PoderData realizada entre os dias 16 e 18 de agosto, 64% dos entrevistados reprovam a gestão do governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido). Uma alta de 6 pontos percentuais em comparação a duas semanas antes. Outros 31% aprovam o governo e 5% não sabem como responder.
Os números apontam para o pior momento do governo.
Em relação ao trabalho pessoal do presidente, o quadro é semelhante ao de 15 dias antes: 56% consideram Bolsonaro ruim ou péssimo, 28% o avaliam como bom ou ótimo e 13% o consideram regular. (Com RevistaFórum, Metrópoles e Brasil247. Foto: reprodução TVBrasil)
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