No Rio, Margareth Menezes destaca cinema como 'ponta de lança' da economia criativa

Na abertura do Festival de Cinema do Rio, ministra da Cultura celebra expansão do setor e reforça que a política cultural do Governo Lula busca nacionalizar as ações de apoio às artes

No Rio, Margareth Menezes destaca cinema como 'ponta de lança' da economia criativa

Público prestigiou abertura do festival

Um dos eventos mais importantes do calendário cinematográfico do país, o Festival do Rio abriu na noite desta quinta-feira (3) a sua 26ª edição. Até 13 de outubro serão exibidos mais de 250 filmes, entre produções brasileiras e internacionais, em 22 salas da capital fluminense. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou da gala de abertura, no Cine Odeon – CCLSR.

Pouco antes da cerimônia, ela comentou sobre o papel do evento. “É uma alegria estar no Festival do Rio, um ambiente reconhecido e qualificado de debates. Daqui saem contribuições significativas para a construção de políticas para o audiovisual brasileiro e internacional, além de representar uma vitrine para as nossas produções e para o fortalecimento do setor”.

Em discurso, salientou a potência do segmento. “Nós estamos colhendo no audiovisual brasileiro uma expansão imensa. Essa realidade se constata quando temos 12 mil novas produtoras registradas na Ancine”.

E acrescentou: “Essa palavra descentralização foi muito impactante para mim, porque no nosso caso não é descentralizar, é nacionalizar, é ampliar, porque temos um entendimento que aqui é uma grande indústria do audiovisual, e o cinema é a nossa ponta de lança dessa virada da economia criativa das indústrias culturais, mas também precisamos dar oportunidade para que esse acontecimento ganhe força e qualidade em todas as regiões do Brasil. Porque há uma nova geração que se encontrou dentro desse setor. Então é com essa visão que nós estamos trabalhando e queremos contar, sim, com todos”, ressaltou.

O vice-presidente de Relações Corporativas e Sustentabilidade da Shell Brasil, patrocinadora master do evento, por meio de incentivo da Lei Rouanet, comentou sobre a participação no festival. “É o terceiro ano que a gente está junto nesse projeto e é um prazer enorme estar aqui. O nosso propósito vai muito além do que simplesmente dar resultado e prover energia para todos vocês. A gente acredita fortemente que a cultura faz parte dos nossos pilares estratégicos”.

Também estiveram presentes na solenidade a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Joelma Gonzaga; e o secretário de Cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero.

Seleção

O 26º Festival do Rio apresenta uma seleção de filmes que produções brasileiras, títulos cotados para a disputa do Oscar e de destaque em festivais internacionais.

Na abertura foi exibido o musical francês Emilia Pérez, do cineasta Jacques Audiard, que conquistou dois prêmios no Festival de Cannes deste ano - Melhor Interpretação Feminina, para o quarteto de atrizes; e o Prêmio do Júri.

A produção nacional marca presença na Première Brasil. Os filmes estão na Competição Principal e da competição Novos Rumos, que disputam o Troféu Redentor, além de mostras temáticas e exibições fora de concurso. As produções estrangeiras podem ser conferidas em seções como a Panorama Mundial.

Na gala de encerramento nacional, em 12 de outubro, será exibido Maníaco do Parque, de Maurício Eça, com Silvero Pereira no papel do serial killer.

Já a gala de encerramento internacional terá Conclave, do diretor Edward Berger. O longa-metragem estrelado por Ralph Fiennes aborda o processo de seleção de um novo papa.

O evento tem ainda com um espaço de mercado, o RioMarket. A programação contempla palestras, seminários, exibições de conteúdos especiais e rodadas de negócios.

A edição 2024 captou R$ 5,7 milhões, por meio da Lei Rouanet, para a sua realização.

Para conferir a programação, acesse o site do festival

 

Por Ultima Hora em 04/10/2024
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