O avassalador caos público na BARRA DA TIJUCA: entre o progresso e o abandono

A Emancipa

Em meio ao esplendor e à riqueza que caracterizam a BARRA DA TIJUCA, no RIO DE JANEIRO, esconde-se uma realidade contraditória que aflige seus moradores.

A região, conhecida por abrigar o IPTU mais caro do país e ser uma das áreas geográficas mais valiosas, segundo o PIB do Estado do Rio de Janeiro, enfrenta desafios que ameaçam seu desenvolvimento e a qualidade de vida de sua população, estimada em 600 mil habitantes, número que sobe para 1,1 milhão nos fins de semana da alta temporada.

Entre o progresso e o abandono

A ironia se apresenta quando observamos o paradoxo entre o boom imobiliário, que promete enriquecer ainda mais empresários do ramo da construção civil, e o agravamento das condições de vida dos atuais moradores. Estes últimos veem-se sufocados pela perspectiva de uma hiperpopulação, transformando a região na mais densamente povoada em comparação com 15 países.

A beleza natural versus o caos urbano

A BARRA DA TIJUCA, com suas lagoas, canais e 25,5 quilômetros de praias límpidas, além de ser um dos 20 destinos gastronômicos mais procurados, com uma vasta oferta de entretenimento, incluindo shoppings, cinemas, teatros e áreas de lazer, enfrenta um tormento com altos índices de violência e um planejamento urbano que deixa a desejar.

A região, abandonada pelo poder público municipal, vive a expectativa de mais um ciclo de crescimento imobiliário que, paradoxalmente, pode agravar o modus vivendi de seus habitantes.

Crescimento x Qualidade de Vida: O Impasse da BARRA DA TIJUCA

Concessionárias de serviços públicos estão dobrando os valores das tarifas sem melhorar o serviço, o planejamento urbano parece não existir, alvaras de construção são liberados sem nenhum estudo de impacto na região, do dia para noite surgem dezenas de arranha-céus.

Os moradores do bairro já enfrentam quilômetros de engarrafamento todos os dias, expostos e sem saída. Violência urbana e pivetes roubando a luz do dia, estão entre os principais problemas que aflige a população da Barra da Tijuca. 

"A ironia, é que empresários do ramo da construção civil, empreiteiras e incorporadores mais uma vez, vão contabilizar bilhões. No outro lado está a população que vai agravar seu modus vivendus", advertiu o jornalista Roberto Monteiro Pinho, presidente da Associação de Emancipacionistas da Região da Barra da Tijuca - AEBAT.

Os atuais moradores, serão sufocados com a hiper população, que segundo estatísticas a Região será a maior população numa lista de 15 países. 

A luta pela Emancipação da BARRA DA TIJUCA: A Busca por Autonomia Frente ao Caos

Diante deste cenário, moradores preocupados com o futuro da região criaram a Associação de Emancipacionistas da Barra da Tijuca, visando a emancipação da área em um plebiscito previsto para abril de 2025.

Esta iniciativa reflete o desejo de uma gestão mais autônoma e eficiente, que possa endereçar os desafios urbanos e sociais de forma mais direcionada.

A situação da BARRA DA TIJUCA reflete um dilema urbano complexo, onde o crescimento econômico e o desenvolvimento imobiliário colidem com a sustentabilidade da qualidade de vida.

A busca pela emancipação surge como um grito por autonomia, na esperança de que a região possa encontrar um caminho que harmonize progresso e bem-estar.

Com informações da ANIBRPress/Manual da Emancipação/Imagem: Arquivo

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