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'O candidato da direita sou eu'
Bolsonaro desafia TSE e STF e pretendentes, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Marçal (PRTB), Michelle Bolsonaro ou Jorginho Mello (PL), Ratinho Jr. (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União) e confirma candidatura em 2026
Em meio a processos judiciais e divergências internas, ex-presidente testa sua influência ao afirmar que será candidato ao Planalto na próxima eleição.
As recentes declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre suas intenções para 2026 despertaram reações intensas no Congresso.
O presidente de honra do Partido Liberal foi categórico ao reafirmar sua intenção de encabeçar a disputa presidencial de 2026, declarando com firmeza que apenas ele representa a verdadeira força eleitoral no campo da direita. “O candidato sou eu”, afirmou.
Apesar de atualmente inelegível devido a decisões do Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro espera uma reviravolta como ocorreu com Trump nos Estados Unidos e revelou que possui uma estratégia para tentar reverter o quadro, mencionando alternativas como ações no Supremo Tribunal Federal.
Existe também a possibilidade de um possível apoio do Congresso Nacional e, como último recurso, a apresentação de uma candidatura próxima ao registro definitivo, como um modo de exercer pressão sobre o TSE para decidir.
A afirmação do ex-presidente confirma o que já havia sido dito por Valdemar da Costa Neto, presidente do seu partido, há cerca de 15 dias:
“Bolsonaro é o representante da direita no mundo. O que acontece é que, como está inelegível, acham que ele não vai ser candidato, mas Bolsonaro será candidato”.
Ao enfatizar que apenas ele teria chances reais de vitória no campo da direita, desconsiderou uma eventual aproximação e vitória com nomes como Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Jorginho Mello (SC), Romeu Zema (MG), Eduardo Leite (PSDB) e Marçal potenciais candidatos em construção.
Fux é sorteado relator de recurso de Bolsonaro sobre inelegibilidade
Atual ministro Cristiano Zanin está impedido de julgar
© Carlos Moura/SCO/STF
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator do recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o deixou inelegível por oito anos por abuso de poder político no ciclo eleitoral de 2022.
O processo foi redistribuído após o primeiro relator, ministro Cristiano Zanin, ter se declarado impedido para julgar o caso e o plenário do Supremo confirmou o impedimento.
Zanin se declarou impedido pois, quando era advogado do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que o indicou para o Supremo, o ministro apresentou uma ação similar contra Bolsonaro no âmbito das eleições de 2022. Ele tomou a atitude em antecipação, visando a “evitar uma futura redistribuição”, disse.
No mês passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrária ao pedido de Bolsonaro para que o Supremo reverta sua inelegibilidade. Para o órgão, não cabe à Corte reavaliar as provas do processo de modo a uma possível mudança no desfecho decidido pelo TSE.
Em junho do ano passado, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela utilização da estrutura física do Palácio da Alvorada para realização de reunião com embaixadores, em julho de 2022, quando atacou o sistema eletrônico de votação.
O TSE já rejeitou um último recurso do ex-presidente, que agora tentar uma última cartada junto ao Supremo.
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