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Fernando Haddad, ministro da Fazenda, apareceu com uma novidade: um novo crédito consignado para trabalhadores CLT. A promessa? Juros menores, menos burocracia e a possibilidade de continuar com o empréstimo mesmo trocando de emprego. Parece até coisa boa, né? Só que por aqui a gente sabe que todo milagre econômico tem a mão do banco.
O pacote permite que qualquer instituição financeira ofereça o crédito, sem aquela necessidade de vínculo com o empregador. Além disso, o trabalhador pode usar até 10% do saldo do FGTS como garantia, tudo para "facilitar" a vida do povo endividado.
Agora vamos combinar: com aluguel nas alturas, supermercado parecendo boutique e conta de luz que dá vontade de morar à luz de velas, quem vai realmente agradecer essa "facilidade" são os banqueiros. Afinal, ter 30% do salário garantido direto no bolso deles antes mesmo de você ver a cor do dinheiro é quase um sonho — para eles, claro.
E o FGTS? Aquele suado colchão de segurança vira almofada para os bancos descansarem tranquilos. Para o trabalhador, só resta equilibrar os boletos enquanto reza para não perder o emprego e o pouco que ainda sobrar.
No fim, Haddad até tentou fazer bonito, mas parece mais que entregou um banquete para as raposas financeiras, deixando o trabalhador com a velha dúvida: pagar a conta ou comer?
Por: Arinos Monge.
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