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Salve 8 de janeiro!
A democracia foi a personagem principal dos discursos das autoridades dos Três Poderes na sessão que lembrou os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023, que completou um ano nesta segunda-feira. Os presidentes Lula; senador Rodrigo Pacheco (Congresso Nacional) e o ministro Luís Roberto Barroso (STF) unificaram suas falas na reafirmação e vitória da democracia em cima de uma tentativa de golpe frustrada no país.
Não é simbologia
Rodrigo Pacheco fez questão de frisar que o ato solene não era simbólico e nem um ato de força política, como estava sendo vendido à população, mas a reafirmação da democracia. Segundo ele, os inimigos da democracia recorrem às fake news para dissimular uma força que não possuem num falso discurso político para chegar ao poder.
Figura oculta
O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi citado, mas esteve presente subliminarmente em todos os discursos e o efeito devastador da ideologia bolsonarista também. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, classificou de "populismo digital" e "extremismo digital" o método usado pelo bolsonarismo para disseminar notícias falsas, recrutar apoiadores e organizar a tentativa de golpe frustrado. O ministro comparou o método adotado pelo bolsonarismo ao mesmo praticado durante o nazismo e fascismo no uso de ferramentas de comunicação para propagar a desinformação.
Engenharia do 'golpe'
Em sua fala, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, deixou claro que está convencido de que os atos antidemocráticos foram "meticulosamente planejados" e que vinha sendo urdido há alguns anos. Não foi do dia pra noite. Ele também mandou um recado aos extremistas de que "ninguém tem o monopólio do patriotismo no Brasil".
Nódoa
Finalizando a sessão, o presidente Lula não escondeu a mancha que os atos do 8 de janeiro causaram à democracia, colocando na conta de Bolsonaro e o bolsonarismo todo esse movimento golpista. Num discurso mais longo, Lula defendeu as urnas eletrônicas, pivô da discórdia político-eleitoral que se instalou no país, e pediu que a democracia seja praticada em todos os setores, a começar dentro de casa como exemplo. "É um exercício que cada um de nós temos que fazer todos os dias, a paritr do convívio familiar."
'Hipocrisia'
Ausente ao ato solene, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), justificou Coluna que não tinha como coadunar com o evento por tanta "hipocrisia". "É muita hipocrisia para um homem comum conviver. Todos sabiam de tudo e estão fingindo que não sabiam. Quando postei as provas nas minhas redes, todos correram para tirar as minhas redes sociais do ar", disse o senador se referindo ao ministro Alexandre de Moraes, ao presidente Lula, ao ministro da Justiça, Flávio Dino, e ao ex-GSI, Gonçalves Dias, responsável à época dos atos antidemocráticos da segurança institucional do Planalto.
Cortina de fumaça
Marcos do Val disse que pagou um preço alto por denunciar o que ele chamou de "verdade por trás" do 8 de janeiro fossem reveladas. Ele teve sua saúde abalada, o que lhe obrigou a ficar afastado do Senado por 40 dias. "Os verdadeiros culpados estavam usando a PM como bode expiatório", disse se referindo à Polícia Militar do Distrito Federal.
Ausência que será cobrada
Entre as muitas ausências de autoridades a do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com certeza terá um desdobramento futuro e não deve passar incólume ao Planalto. Lira alegou problemas de saúde na família pra não comparecer ao ato solene onde, inclusive, iria discursar. Em resposta sutil (ou não), ele não foi citado em nenhum momento nos discursos ou na apresentação das autoridades.
Governadores
Boa parte dos chefes de Estado atenderam ao pedido de Lula para comparecer ao evento, mas os mais bolsonaristas não foram. Nessa lista, destacam-se os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Jorginho Mello (SC), Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ), Ronaldo Caiado (GO), Antônio Denarium (RR), Marcos Rocha (RO), Ratinhi Júnior (PR), Wilson Lima (AM).
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