O Fim de uma era: O Hedonismo Eterno de Eduardo Paes vai deixá-lo fora do 2º turno

Virada Política no Rio: O Fim da Era Hedonista de Paes e o Despertar da Oposição

O Fim de uma era: O Hedonismo Eterno de Eduardo Paes vai deixá-lo fora do 2º turno

Mudanças no cenário político carioca sinalizam o término da era hedonista do prefeito e a vitória da oposição.

A trajetória política de Eduardo Paes, marcada por altos e baixos, parece agora adentrar um novo capítulo, o hedonismo carioca que caracterizava sua imagem pública. Conhecido por fazer do Rio de Janeiro um eterno Carnaval, uma espécie de Sodoma e Gomorra, dos tempos modernos, com festa e picadeiro, pão e circo o ano todo, está tornando a vida do carioca insustentável.

A insatisfação crescente entre os cariocas, com cerca 80% expressando o desejo de mudar de cidade, reflete o anseio por uma nova direção na gestão municipal.

Paes se encontra em um momento que se acha Deus e não precisa fazer alianças, se esquecendo que ele só venceu no 2º turno o Gabeira em 2008 por 55 mil votos, justamente porque fez acordo com o PT e o Gabeira não quis fazer acordo nem com o PT, nem com ninguém.

“O imaginário é todo o conjunto de imagens que existe na cabeça de alguém”

A decisão de colocar o PT NA SOLA DO SAPATO e impor Pedro Paulo goela abaixo na Vice, tem sido um ponto de crítica e celebração entre seus oponentes. Figuras como Otoni de Paula, Rodrigo Amorim, Marcelo Queiroz e Pedro Duarte veem na escolha de Pedro Paulo, um político com histórico de escândalos e pouco apelo eleitoral, uma oportunidade de fortalecer a oposição e desafiar a hegemonia de Paes, pois sabem que Pedro Paulo já foi testado nas urnas e ficou fora do 2º turno, apesar de como parlamentar em Brasília pedro Paulo ter se encontrado e estar fazendo diferença para o Rio de Janeiro.

Segundo um membro da campanha de Ramagem Ceciliano era o único, que até a oposição reconhece que liquidaria as eleições e poderia garantir sucesso na aliança PT-PSD, sendo uma escolha potencialmente unificadora para vice, a retirada de seu nome da vice abre espaço para a esquerda coalescer em torno de Tarcísio Motta do PSOL, que pode ir para o 2º turno, aliais Tarcísio inclusive já se reuniu mais de 250 militantes de esquerda em Jacarepaguá e empolgou os petistas ao dizer que na campanha dele o presidente Lula não ficará escondido.

Embora pesquisas questionáveis e sua estratégia de campanha "chapa branca" tente esconder, é certo um 2º turno novamente da direita x esquerda, e a esquerda está preste a embarcar com Tarcísio Motta, pois, Pedro Paulo e Paes podem amarrar alguns dirigentes profissionais do PT, mas não convence a militância de esquerda, por conta da indefinição de Pedro Paulo com Projetos da Esquerda, como o seu projeto do “Fim das Saidinhas” que só foi comemorado pela Direita e Bolsonaristas.

No jogo político, onde "é melhor prevenir do que remediar", a escolha estratégica de Ceciliano na vice pode ser o movimento preventivo que o PT e o PSD precisam para assegurar sua influência e sucesso nas eleições municipais de 2024, pois a direita começa estrategicamente a tratorar as bases em várias frentes, e vão pesquisar processos judiciais e esqueletos no armário para virar o jogo e vencer as eleições.

Chesterton dizia: “Os contos de fadas não nos mostram apenas que dragões existem, eles nos mostram que dragões podem ser vencidos.”

Pela segunda vez sai uma pesquisa totalmente diferente do que se vê pelas ruas do Rio de Janeiro, se continuar o crescimento da esquerda na campanha de Tarcisio Motta do Psol, e o crescimento da Direita difundida em várias frentes, pode se confiar que nem para o 2º turno o atual prefeito do Rio, Paes vai.

O eleitorado está buscando líderes que possam equilibrar a celebração da identidade cultural do Rio com a eficiência administrativa e a capacidade de resolver problemas crônicos da cidade e o comportamento de Paes, e de sua gestão enquanto prefeito do Rio de Janeiro transformou o Rio numa cidade de ladrões e malandros, um baile de máscaras o ano todo.

Eventos grandiosos, festas e a celebração da cultura e do espírito carioca foram, sem dúvida, aspectos positivos de sua administração, refletindo a alegria e a exuberância da cidade, só que ele esqueceu que todo carnaval tem seu fim e ninguém aguenta mais a caos urbano do Rio de Janeiro, com violência, mendigagem e engarrafamento sem fim 24 horas por dia, nos 4 cantos da cidade.

A necessidade de enfrentar desafios complexos, como questões de segurança, saúde e educação, demanda uma postura mais sóbria e focada em resultados concretos para a população e não se pode esperar isso de Eduardo Paes.

Essas eleições de 2024 é o momento de reflexão para o Rio de Janeiro, e pode ser visto como uma oportunidade para reinventar a gestão pública, priorizando o bem-estar coletivo e a sustentabilidade a longo prazo sobre o prazer imediato. O fim do hedonismo eterno de Paes, portanto, não é apenas o término de uma fase, mas o início de uma nova era de responsabilidade e compromisso com o futuro da cidade maravilhosa.

Artigo de Opinião

 

Por Ultima Hora em 01/05/2024
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