O Fracasso contumaz da Esquerda Radical e o pífio resultado das legendas de aluguel sem o Fundo Eleitoral: 5 Partidos não elegeram prefeitos, PSTU, PCB, PCO, UP e PSOL

Será o fim da linha para o extremismo político no Brasil?

O Fracasso contumaz da Esquerda Radical e o pífio resultado das legendas de aluguel sem o Fundo Eleitoral: 5 Partidos não elegeram prefeitos, PSTU, PCB, PCO, UP e PSOL

Apenas o Psol das cinco siglas ainda disputa o comando de uma cidade a partir de disputas de segundo turno

Dos 29 partidos registrados no país, cinco não elegeram nenhum prefeito em primeiro turno, partidos tradicionalmente associados à esquerda radical ficaram sem conquistar uma única prefeitura no primeiro turno. Este resultado chocante levanta questões profundas sobre o futuro da política no país.

"A única coisa constante é a mudança", já dizia o filósofo grego Heráclito, e o cenário político brasileiro parece estar provando a veracidade dessa afirmação milenar. PSTU, PCB, PCO, PSOL e UP, partidos que há muito tempo se posicionam como vozes da classe trabalhadora e dos movimentos sociais, encontraram-se sem representação nas prefeituras após o primeiro turno das eleições.

Este resultado inesperado ecoa as palavras do ex-presidente americano John F. Kennedy: "A mudança é a lei da vida. E aqueles que olham apenas para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro." Será que estes partidos falharam em se adaptar às mudanças nas demandas e expectativas do eleitorado brasileiro?

Este resultado não significa necessariamente o fim da esquerda no Brasil, mas certamente indica uma necessidade urgente de renovação e recalibração de suas propostas e estratégias.

Enquanto isso, Guilherme Boulos, um dos dois políticos do PSOL ainda na disputa por uma prefeitura, enfrenta um desafio hercúleo no segundo turno em São Paulo. Boulos terá que demonstrar essa coragem nas próximas semanas de campanha.

Será este o momento para uma profunda autorreflexão e possível reinvenção da esquerda radical brasileira?

À medida que o país se prepara para o segundo turno, uma coisa é certa: o cenário político brasileiro está em fluxo. 

Resta saber se estes partidos conseguirão se adaptar a esta nova realidade ou se continuarão a margem do poder municipal. O futuro da política brasileira, como sempre, permanece incerto e fascinante.

Quinze legendas enfrentam extinção

O cenário político brasileiro está passando por uma transformação radical. A cláusula de barreira, implementada para enxugar o sistema partidário, está provocando um verdadeiro terremoto nas estruturas políticas do país. Quinze partidos que não atingiram o desempenho mínimo nas eleições de 2022 agora lutam desesperadamente pela sobrevivência.

Em uma corrida contra o tempo, apenas seis dessas legendas conseguiram definir seu futuro até o momento. A estratégia? Fusões e incorporações, numa tentativa de garantir acesso aos fundos eleitorais e tempo de propaganda. É um jogo de xadrez político onde cada movimento pode significar a diferença entre a extinção e a continuidade.

O tradicional PTB, partido fundado por Getúlio Vargas, símbolo de uma era na política brasileira, viu-se forçado a se fundir com o Patriota. Dessa união nasceu o Partido da Renovação Democrática (PRD), uma nova sigla que carrega o peso da história e as expectativas do futuro.

O PROS, que já governou o estado, foi absorvido pelo Solidariedade, enquanto o PSC, responsável pela eleição do atual governador Wilson Lima em 2018, foi incorporado pelo Podemos.

Mas nem todos conseguirão sobreviver a essa tempestade política. Partidos como o Democracia Cristã, PMB, PMN (Mobiliza), Agir e PRTB, enfrentam um futuro incerto. O partido Novo, apesar de governar Minas Gerais, também enfrenta dificuldades e não tem planos de fusão ou incorporação.

Os partidos de extrema-esquerda, como PSTU, PCB, PCO e Unidade Popular, optaram por permanecer isolados, mesmo que isso signifique ficar sem acesso ao financiamento público de campanha. É uma aposta arriscada em tempos de recursos escassos.

A cláusula de desempenho é clara: para ter acesso aos recursos públicos, um partido precisa eleger pelo menos 11 deputados federais em no mínimo nove estados ou obter 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara Federal, distribuídos em pelo menos nove estados, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.

Enquanto isso, partidos e federações que atenderam à cláusula, como MDB, PDT, PL, PP, PSB, PSD, Republicanos, União Brasil, PT-PV-PCdoB, PSDB-Cidadania, Rede-Psol e Avante, foram para as eleições de 2024 em posição de vantagem e um gordo Fundo Eleitoral controlado pelos caciques dos partidos que privilegiaram seus apadrinhados nos municípios-chave.

O que estamos testemunhando é nada menos que uma revolução no sistema partidário brasileiro. As eleições municipais de 2024 foram o primeiro grande teste para essa nova configuração política. Resta saber quais partidos conseguirão se adaptar e sobreviver nesse novo cenário e quais serão deixados para trás pela inexorável marcha do tempo político.

Por Ralph Lichotti

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Por Ultima Hora em 16/10/2024
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