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A seleção brasileira está fora da Copa América e novamente com um desempenho humilhante, com um agravante: hoje, a seleção não tem perspectiva de futuro, não tem nada. O primeiro passo é o fim da soberba e entender que o Brasil não é mais o "país do futebol".
A maior soberba de todas é "a seleção não utiliza treinadores estrangeiros". Dorival Júnior é um bom técnico, mas será que é o ideal nesse momento? O comandante teve o elenco da seleção à sua disposição por 25 dias e a única atuação que não foi patética foi contra o saco de pancadas da competição, o Paraguai, que perdeu para todos, inclusive a Costa Rica, que o Brasil não conseguiu vencer. O Brasil precisa de alguém no seu comando tão grande quanto a sua decadência, e Dorival não é essa pessoa.
A CBF pensou grande e quase quebrou esse ciclo quando pensou em Carlo Ancelotti. O italiano recusou; era o mais óbvio, ele está no Real Madrid. A soberba fez a seleção não ter um plano B, provavelmente pensaram: "Quem recusaria a seleção?" Pois bem, Ancelotti recusou.
Se o alvo é um dos maiores treinadores da história, no maior clube do mundo, deve-se partir do pressuposto de que pode dar errado e ter um plano B ou até C, nomes de um nível próximo ao alvo principal. Não é o caso do atual técnico, mesmo com suas recentes conquistas em 2022 e 2023. O Brasil tem uma boa geração, mas está muito longe daquelas que decidiam; então, o coletivo é essencial. A última esperança de dar essa organização ao time foi Tite, que chegou como Dom Sebastião, o escolhido, mas não foi a salvação da nação. Hoje, nenhum treinador brasileiro terá o apoio e a paciência que foi dada a Tite.
Desde a conquista de 2002, a seleção vem sofrendo com inúmeros fracassos e com diferentes abordagens, da linha dura de Dunga até a busca pelas glórias do passado com Felipão e Parreira, que resultou no 7 a 1. Não haverá sinal mais claro do que esse, talvez a maior derrota da história do esporte, mas não foi o suficiente.
A CBF precisa entender que o Brasil nunca foi o país dos técnicos e buscar um estrangeiro, elevar o nível e reformular. O Brasil já foi o país do futebol, mas deixará de sê-lo cada vez mais se não desenvolver o futebol do país.
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