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Sob o olhar de Isabelle Lobão Argello, co-CEO da Azul Joias Brasil, o vintage ganha fôlego entre gerações e redefine o desejo por autenticidade, história e estilo atemporal
Por muito tempo, a palavra “vintage” esteve associada a memórias afetivas, baús de família e heranças preciosas, mas, nas últimas temporadas, essa estética tem retornado às passarelas, tapetes vermelhos e feed de celebridades como Zendaya e Dua Lipa, que apostam em joias de época para criar narrativas visuais repletas de significado. O movimento não passou despercebido pelos olhos atentos do mercado de luxo brasileiro e agora conquista espaço com força entre consumidoras que desejam peças com alma e personalidade.
“A joia vintage tem um valor que vai além da estética: ela carrega tempo, memória e uma história que se entrelaça com a de quem a usa”, explica Isabelle Lobão Argello, co-CEO da Azul Joias Brasil. Para ela, o sucesso desse resgate está ligado à exclusividade: “Muitas dessas peças não são mais produzidas. Isso as torna únicas. E esse sentimento de singularidade é cada vez mais valorizado.”
Essa valorização do passado, no entanto, não significa abrir mão da inovação. “A estética vintage vem sendo reinterpretada com elementos modernos. Usamos, por exemplo, pedras lapidadas à mão, metais com texturas envelhecidas e detalhes como filigranas — mas tudo com um acabamento contemporâneo. É um equilíbrio entre tradição e atualidade”, explica Isabelle.
Mais do que uma tendência estética, o retorno do vintage também responde a um novo comportamento do consumidor, especialmente em um mercado globalizado onde tudo parece replicável. “Buscar uma peça com inspiração retrô é uma forma de se destacar. É um posicionamento. A joia deixa de ser apenas um acessório e se transforma em um símbolo de identidade e autenticidade”, reflete Isabelle.
Esse desejo por autenticidade tem conquistado públicos diversos. Se por um lado consumidores mais maduros encontram nessas peças uma conexão emocional com o passado, por outro, as novas gerações veem no vintage uma forma de fugir do óbvio — e de se apropriar da elegância de tempos que não viveram, mas que os inspiram.
“Vintage não é sobre voltar ao passado. É sobre se inspirar nele para criar algo novo, com significado e sofisticação”, conclui Isabelle. E talvez, por isso mesmo, esse estilo nunca tenha estado tão à frente do seu tempo.
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