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Uma celebração especial ecoou pelos trilhos da Central do Brasil até Olaria, marcando o dia do mais carioca dos gêneros musicais com a décima primeira edição do Trem do Choro. Este evento não apenas homenageou o legado de Pixinguinha, um dos maiores expoentes do Choro, mas também reafirmou a rica cultura e a vitalidade dos subúrbios do Rio de Janeiro, frequentemente estigmatizados pela mídia.
Uma Viagem Musical
A viagem de pouco mais de meia hora transformou o percurso ferroviário em um palco móvel de rara beleza, onde músicos de diversas nacionalidades compartilharam os clássicos do Choro. A chegada à estação Olaria foi apenas o início de um cortejo que se dirigiu ao Reduto Pixinguinha, já repleto de entusiastas do gênero.
O Reduto Pixinguinha e o Furdunço Suburbano
No Reduto, o ambiente estava preparado para receber o furdunço que se estendeu até o início da noite, com apresentações que capturaram a essência do Choro e a alma carioca. A participação massiva de chorões e choronas, tanto no palco quanto na plateia, evidenciou a força coletiva e a paixão pelo gênero.
Agradecimentos e Reconhecimento
O Instituto Cultural Grupo 100% Suburbano, organizador do evento, expressou sua gratidão a todos que contribuíram para o sucesso da celebração. O agradecimento se estendeu especialmente àqueles que, com seu jeito suburbano de sociabilizar, encheram o Reduto Pixinguinha de alegria e arte.
A Lição de Beto Sem Braço
Relembrando as palavras do compositor Beto Sem Braço, "o que espante miséria é festa", o evento serviu como um lembrete poderoso de que a cultura e a festa são antídotos contra as adversidades, promovendo união e felicidade.
Até o Próximo Ano
Com a promessa de que "ano que vem tem mais", o Trem do Choro não só celebrou um gênero musical, mas também destacou a importância dos espaços suburbanos como locais de encontro, criatividade e resistência cultural. A expectativa já se constrói para a próxima edição, antecipando mais um dia de homenagem ao Choro e à rica tapeçaria cultural do Rio de Janeiro.
Este evento anual reforça a identidade carioca e a importância dos subúrbios na manutenção e propagação do Choro, um gênero que encapsula a complexidade e a beleza da vida urbana no Rio, celebrando a resistência cultural em meio à urbanização e às narrativas frequentemente unidimensionais sobre essas comunidades.
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