Os Homens de Preto e Toga: A missão umprovável das apostas online

Quando a Justiça vira detetive no mundo dos caça-níqueis digitais.

Se não fosse trágico, seria digno de roteiro de comédia: um juiz da Justiça do Trabalho decidiu usar sites de apostas como pista de caça ao tesouro para localizar bens de devedores. Sim, você leu certo. A criatividade dos "homens de preto e toga" parece não ter limites, e agora o campo das apostas, antes território de palpites ousados, virou ferramenta jurídica para saciar a fome de processos.

A ideia é tão inusitada quanto um bolão de bingo no plenário: com um ofício em mãos, a Justiça pede acesso às movimentações financeiras dos sites de jogos de azar. Afinal, vai que o devedor anda mais sortudo que honesto? Já imaginaram a cena? O juiz na frente do computador, de olho na roleta virtual, torcendo para encontrar uma conta recheada enquanto pensa: “Quem sabe a sorte me ajuda a fechar esse processo?”

De criativo, o passo é também sarcástico: enquanto as brechas legais são ignoradas, o que sobra é a sensação de que os campos inexplorados da justiça não têm limites – e nem vergonha. Apostadores e juízes, lado a lado, buscando fortuna... Só falta agora criarem um reality show: "O Juízo é Certo: caçando devedores no cassino digital."

Por: Arinos Monge.