Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Os presidentes da Câmara e do Senado têm sido duramente criticados por terem se tornado reféns e fiadores do bolsonarismo através da cooptação via orçamento secreto, mas hoje finalmente o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se manifestou.
Nesta sexta-feira (6/5), Pacheco afirmou que não vê necessidade de as Forças Armadas atuarem de qualquer forma em auditoria das urnas eletrônicas nas eleições. A fala ocorreu em entrevista do congressista ao UOL News.
Para o senador, qualquer discurso contrário à segurança dos equipamentos ou à legitimidade do pleito eleitoral “não vai vingar, porque não encontra lastro na verdade”.
“Para esses discursos contrários [às urnas eletrônicas], nada é melhor que a transparência, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem se desincumbido disso. A convicção sobre a regularidade e a normalidade das urnas eletrônicas essas nós já temos. Esse discurso [contra as urnas] esbarra na obviedade de que nós temos um processo eleitoral seguro”, disse ao portal e prosseguiu.
“Ainda que um questionamento, ainda que sem justa causa, sobre a lisura do processo eleitoral, é bom que se tenha transparência sobre essa lisura do processo. Então, quanto a isso, é responsabilidade do TSE. Evidentemente que não cabe a nenhuma entidade privada ou outra instituição a participação na contagem e recontagem de votos, porque estão no papel da justiça eleitoral”, pontuou Pacheco.
Pacheco defendeu que, enquanto presidente do Congresso Nacional, estará “vigilante e atento” para “afirmar a democracia”. “Esse é o meu papel”, enfatizou. Questionado sobre o temor por uma onda de violência ao longo das eleições, o parlamentar externou preocupação: “Espero que nada disso aconteça”.
“Acho que o eleitor brasileiro, depois de tanto sofrimento com pandemia, crises, inflação, perda do poder de compra, tem que ter o direito de ter um processo pacífico de escolha. Acredito muito nisso. Não podemos desconsiderar que existe um radicalismo no Brasil, existe um extremismo representado muito nas redes sociais por agressões constantes às instituições e aos personagens da política”, completou.
O presidente do Congresso também comentou o baixo desempenho nas pesquisas eleitorais dos candidatos da chamada terceira via, que se vendem como candidatos alternativos a Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na corrida para o Palácio do Planalto.
Pacheco não soube dizer o motivo da falta de engajamento entre os demais presidenciáveis. “Olha, é a pergunta que vale muito e poucas pessoas têm a resposta”, disse.
“Existe uma polarização entre dois agentes políticos com muita densidade eleitoral, o que representa muito a divisão da sociedade hoje, uma divisão muito acirrada e até muito agressiva em alguns aspectos, tanto na rede social quanto na vida real, nas famílias, nos grupos de trabalho, entre os vizinhos… virou um Fla-Flu ou um Atlético e Cruzeiro, que não convém ao Brasil”, criticou o senador do PSD.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!