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Enquanto as disputas políticas e empresariais se arrastam, o sistema Jaé segue atrasado e incompleto, deixando trabalhadores e usuários do transporte público à mercê de promessas não cumpridas
A briga pela bilhetagem eletrônica no Rio de Janeiro virou um verdadeiro campo de batalha, e quem realmente perde são os trabalhadores e usuários do transporte público. Enquanto a TACOM acusa a Autopass de burlar o processo licitatório, a população fica no meio desse embate que só traz mais confusão para um sistema de transporte já tão falido. O Tribunal de Contas do Município não poupa críticas, questionando a "troca de titularidade" do CBD para a Autopass, que ficou em quarto lugar na licitação, mas agora parece estar assumindo o controle. Enquanto isso, a implementação do sistema Jaé patina, com menos de 2% das passagens municipais sendo registradas no novo sistema. Sem contar que o Consórcio Bilhete Digital (CBD) não pagou metade da outorga de R$ 110 milhões, e ainda nem conseguiu cumprir o contrato assinado em janeiro de 2023.
O que se vê aqui é uma bagunça generalizada. A TACOM, que já previa a incapacidade do CBD de dar conta da bilhetagem digital na capital, agora tenta impedir a transferência de cotas para a Autopass. Tudo isso é uma dança de interesses que só atrasa ainda mais a vida de quem depende do transporte público todos os dias. Enquanto isso, o prefeito Eduardo Paes assiste a tudo de longe, rindo da população que continua a pagar a conta dessa falta de planejamento e gestão. O que se espera é que os órgãos de controle realmente façam algo mais do que ficar apenas observando esse circo, e que a população, como sempre, não seja deixada para trás mais uma vez.
Por: Arinos Monge.
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