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A Escola de Samba do bairro de Cavalcante - Em Cima da Hora, irá desfilar na Série Ouro em 2024 e será a segunda a entrar no Sambodromo no sábado de carnaval (10/2). A inovação é que a Escola preocupada em pontuar no quesito qualidade e segurança no desfile, resolveu o problema de forma inovadora e fez parceria com a escola de Engenharia da UFF.
A Escola marca uma nova fase trazendo para o mega evento do Carnaval a participação dos estudantes de Engenharia da UFF, sob supervisão técnica de seus mestres.
O vice-presidente da Escola de Samba - Em Cima da Hora, Maurício Antunes, fechou semana passada parceria com o Setor de Engenharia da UFF - Universidade Federal Fluminense, em reunião com coordenadores e o diretor de Engenharia, José Rodrigues.
A proposta é que os alunos dos Cursos de Engenharia sejam colaboradores nessa empreitada com finalidade de elevar o nível de segurança e qualidade na construção do Carnaval da Escola de Samba - Em Cima da Hora.
Perguntado ao engenheiro Fernando Annibolete, como considera a proposta, respondeu que defende essa proposta a muito tempo junto ao Conselho de Engenharia, e vê como ponto positivo a iniciativa da escola, também lembrou que a preocupação técnica no Carnaval era apenas na cobrança da ART - Anotação de Responsabilidade Técnica (Lei: 6.496/77), e não se exige a cobrança do registro da empresa no CREA (Lei 5.194/66).
Para o Eng. Fernando Annibolete, segurança é um ponto de grande relevância a ser considerada nessa grande festa popular, e relembra sobre os vários acidentes que aconteceram na avenida e fora dela, e citou o caso da Jovem que morreu eletrocutada no Terreirão do Samba.
Em entrevista, o vice-presidente da Escola - Em Cima da Hora, Maurício Antunes, respondeu às perguntas:
Jornal: Historicamente ocorrem acidentes no Carnaval. A parceria da escola com a Universidade, pode melhorar esse quesito?
Escola: Já melhorou bastante a questão de acidentes nos carros, e acho que a atuação mais efetivamente dos engenheiros no Barracão vai melhorar bastante.
Jornal: A preocupação da escola em trabalhar com profissionais de engenharia também deveria ser das outras?
Escola: Acho que todas as escolas tem essa preocupação, ninguém quer estragar seu desfile que leva 1 ano se preparando.
Jornal: Incêndio é um dos graves riscos de acidentes e nas instalações dos geradores as empresas apresentam ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, sem estarem com registro no CREA. Como resolver essa situação?
Escola: Acho que a fiscalização do CREA, nessas empresas diminuiria o número delas sem licença. Dificilmente alguém da escola vai verificar a tal inscrição, muitos nem sabem que teriam que ter.
Jornal: A parceria com a UFF, sua escola resolve o problema da ART. Como vê o casos das outras escolas atenderem essa exigência "Em Cima da Hora"? Podemos dizer que aumenta o risco de acidente em trabalhar com engenheiros de "Ultima Hora"?
Escola: nunca é bom resolver as coisas muito em cima dos desfiles, mas, muitas das vezes acaba acontecendo, espero que esse modelo de projeto se espalhe por todoas às escolas.
O Eng. Annibolete, que é presidente da ASPROCITEC - Associação de Profissionais de Ciência e Tecnologia, finalizou dizendo que vai buscar patrocínio para pagamento dos profissionais, na Prefeitura, no Governo do Estado ou até mesmo junto ao Conselho de Engenharia.
Foto: Internet
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