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A eleição de 2024 já terminou, mas a sujeira deixada por alguns patrões ainda está aparecendo. Mesmo depois do resultado das urnas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) continua recebendo uma enxurrada de denúncias sobre assédio eleitoral. Até agora, já são mais de 800 casos de empregadores que tentaram forçar seus funcionários a votar em seus candidatos preferidos. E isso não é só na base da conversa fiada: tem gente ameaçando demitir, mudando escala de trabalho no dia da eleição e até exigindo comprovante de voto – o famoso “voto de cabresto” modernizado.
Esses abusos estão rolando por todo o país, mas o Nordeste lidera, com 310 denúncias, seguido de perto pelo Sudeste. São Paulo está no topo entre os estados, com 106 casos, seguido pela Bahia e outras regiões. E não são apenas ameaças de perder o emprego. Em algumas empresas, os patrões obrigaram os funcionários a vestir uniformes com propaganda eleitoral, a participar de reuniões políticas e até a distribuir material de campanha. É o típico cenário onde o trabalhador vira refém do próprio salário, com medo de represálias se não seguir a cartilha do chefe.
Mas o buraco é mais embaixo. Além das pesadas multas e indenizações, os empregadores que cometeram esse tipo de abuso podem até ser presos. O MPT já está na cola de vários deles, e os processos estão rolando. Um exemplo foi o caso do dono da Havan, que em eleições anteriores foi condenado a pagar milhões por tentar manipular o voto de seus empregados.
Não dá pra fechar os olhos pra isso. O trabalhador precisa saber que tem direitos e que seu voto é secreto. Quem passou por essa situação pode denunciar sem medo, e o anonimato é garantido. A justiça pode ser lenta, mas ela chega!
Fonte: UOL.
Por: Arinos Monge.
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