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A multiplicação dos bens e a busca pela reeleição
Os quatro anos de mandato fizeram bem a alguns vereadores do Rio de Janeiro que agora buscam a reeleição para a Câmara Municipal. Entre eles, destaca-se Dr. Gilberto (Solidariedade), cujo patrimônio mais que triplicou, passando de R$ 1,3 milhão para R$ 4,2 milhões, uma alta de 210%. O médico anestesista, além das duas casas e quatro veículos que já possuía, agora conta com diversas aplicações financeiras, participação em empresa e guarda R$ 800 mil em “dinheiro vivo”. Curiosamente, na sessão de terça-feira (13), Dr. Gilberto reclamou da violência na cidade, relatando ter sido assaltado por “três elementos armados e desavisados”.
Do zero aos R$ 2,5 milhões
Na segunda posição no quesito enriquecimento está Eliseu Kessler (MDB). Em 2020, ele informou à Justiça Eleitoral que não tinha bens a declarar. Este ano, o zero deu lugar a R$ 2.578.480,12 registrados como patrimônio. A lista de bens inclui um terreno de R$ 800 mil, uma sala comercial de R$ 720 mil, uma casa de R$ 832 mil, aplicações em renda fixa de R$ 175,8 mil e R$ 50 mil em cota de capital social de uma empresa não especificada.
O crescimento de Welington Dias
Em seguida no ranking da prosperidade está Welington Dias (PDT), que fez seu patrimônio crescer 195%. Há quatro anos, ele possuía R$ 1,3 milhão em terrenos, imóveis, veículos — incluindo uma kombi —, poupança e capital social de duas empresas, uma de transporte e outra de eventos. Este ano, continua com a kombi e os antigos bens, mas o total chega a R$ 3,8 milhões devido a um plano de previdência VGBL de R$ 2,4 milhões.
Carlo Caiado e a valorização dos investimentos
Na quarta posição, vem o presidente Carlo Caiado (PSD), que declarou possuir R$ 5 milhões em bens, um aumento de 75% em relação aos R$ 2,8 milhões informados em 2020. Seus bens consistem em um apartamento e ativos financeiros, como ações, previdência, fundos e renda fixa. A alta ocorreu principalmente na ordem dos investimentos, com um acréscimo de mais de R$ 2,1 milhões.
Vera Lins Top 5
Fechando o Top 5 está Vera Lins (PP). O acúmulo de bens da vereadora saltou de R$ 545,9 mil para R$ 2,3 milhões, quadruplicando seu patrimônio em quatro anos. O crescimento de R$ 1,7 milhões se deve à entrada de um apartamento de R$ 965 mil, mais de R$ 500 mil em poupança, R$ 188 mil em previdência privada e R$ 33,5 mil em dinheiro vivo.
De um lado, a multiplicação dos bens; do outro, a estagnação financeira
Enquanto alguns vereadores do Rio de Janeiro viram seus patrimônios multiplicarem-se nos últimos quatro anos, outros enfrentaram dificuldades financeiras, chegando a perder valores significativos ou mantendo-se sem bens declarados. A Justiça Eleitoral recebeu registros de candidaturas que revelam essas disparidades, com alguns parlamentares relatando que não possuem bens a declarar.
Os "zerados" que não acumularam patrimônio
Três vereadores que não declararam bens em 2020 continuam na mesma situação quatro anos depois. Mônica Cunha (PSOL), Ulisses Marins (União) e Matheus Gabriel (Mobiliza) — filho do ex-deputado federal Francisco Floriano, que assumiu em 2022 após a cassação de Gabriel Monteiro (PL) — não conseguiram formar uma "poupancinha" com o salário de vereador, que gira em torno de R$ 17 mil mensais.
A perda de patrimônio
Outros dois vereadores que não declararam bens este ano são Marcio Ribeiro (PSD) e Mônica Benício (PSOL). Em 2020, Ribeiro tinha R$ 35 mil, valor correspondente a um Chevrolet Cobalt. Já Mônica Benício, viúva de Marielle Franco, declarou ter apenas R$ 58,37 em depósitos bancários há quatro anos. Atualmente, ambos não possuem um real sequer declarado.
Jorge Pereira (PSD) é o candidato mais Rico do Rio de Janeiro, com mais de 20 milhões declarado
A disparidade entre os vereadores
Essa disparidade patrimonial entre os vereadores do Rio de Janeiro levanta questões sobre a gestão financeira e as oportunidades de enriquecimento durante o mandato. Enquanto alguns conseguiram multiplicar seus bens de forma significativa, outros não conseguiram acumular patrimônio, mesmo com um salário considerável.
Reflexões sobre a transparência e a gestão pública
A situação dos vereadores "zerados" e daqueles que perderam patrimônio pode ser vista como um reflexo das dificuldades enfrentadas por muitos cidadãos no Brasil. A transparência na declaração de bens é fundamental para garantir a confiança da população nos seus representantes e na gestão pública.
Nota da assessoria de Carlo Caiado
A assessoria do presidente da Câmara, Carlo Caiado, enviou uma nota sobre a evolução de seu patrimônio. Segue o texto:
“O presidente da Câmara de Vereadores, Carlo Caiado, segue a lei eleitoral e declara todos os seus bens conforme a legislação. Os valores são declarados pelo histórico de compra e o aumento nos valores informados, em comparação com o último ano eleitoral, é em virtude da venda de bens, adquiridos como herança do pai. O valor nominal superior àquele registrado no momento em que foram incorporados a seu patrimônio é devido à valorização imobiliária e segue as normas brasileiras. No valor declarado, também houve o acréscimo de ganhos financeiros de aplicações, conforme informado em suas últimas declarações”.
COM INFORMAÇÕES FÁBIO MARTINS E FABIANA PAIVA (IMAGEM TEMPO REAL)
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