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Contexto Político
Personagens Principais e Suas Movimentações
Em uma dessas tardes que misturam o calor carioca com o frio dos corredores do poder, encontramos um encontro digno de nota no Palácio das Laranjeiras. Cláudio Castro, governador do estado, convocou a bancada de deputados federais do Rio de Janeiro para discutir temas de alta importância, como a dívida do estado com a União. Mas, como em toda boa trama carioca, os subtextos e as entrelinhas contam histórias tão ricas quanto as pautas oficiais.
Ali, sob os tetos que já testemunharam tantos acordos e desacordos, estavam reunidos não apenas políticos, mas possíveis candidatos a protagonistas da próxima eleição municipal da Cidade Maravilhosa. Alexandre Ramagem, do PL, e Carlos Portinho, também do PL, buscando seu espaço ao sol; Marcelo Queiroz, do PP, e Pedro Paulo, do PSD, este último já com um pé na corrida pela vice de Eduardo Paes, atual prefeito em busca de reeleição. Tarcísio Motta, do PSOL, foi o grande ausente, talvez perdendo a chance de adicionar a cor de rosa a essa paleta política.
Mas foi entre Pedro Paulo e Alexandre Ramagem que se desenrolou uma cena digna de nota, um desses momentos que, por sua simplicidade e humanidade, destacam-se no teatro político. Ao final da exposição de Ramagem, Pedro Paulo, com a sagacidade de quem conhece os meandros da política carioca, dirigiu-lhe um elogio: chamou-o de "grande deputado". Um elogio que, em sua superfície, poderia parecer apenas cortesia entre colegas. No entanto, nas entrelinhas, carregava um convite velado (ou seria um desafio?) para que Ramagem permanecesse no cenário nacional, deixando o terreno municipal livre para outras disputas.
Essa interação, aparentemente trivial, arrancou risos e, talvez, reflexões, pois revelou a habilidade de navegar nas águas, por vezes turbulentas, da política com um sorriso no rosto e um elogio na ponta da língua. Como bem sabem os cariocas, na cidade entre o mar e as montanhas, até as disputas políticas têm seu charme, e um elogio, dependendo de quem vem e como é dado, pode ser tão estratégico quanto um movimento de xadrez.
Assim, no Palácio das Laranjeiras, em meio a discussões sobre dívidas e futuros políticos, um simples elogio tornou-se símbolo da eterna dança da política carioca, onde cada gesto e cada palavra podem ter múltiplos significados, todos eles interpretados ao som do samba que, metaforicamente, nunca deixa de tocar nos corredores do poder.
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