Pets: veterinário explica a importância da vermifugação para a saúde de cães e gatos

Manter os animais livres de vermes evita diversas doen

Pets: veterinário explica a importância da vermifugação para a saúde de cães e gatos

Manter os cães e gatos livres de vermes é importante não apenas para a saúde e bem-estar dos pets, mas também para evitar a transmissão de parasitos para humanos, que poderiam causar, por exemplo, o bicho geográfico e distúrbios no trato intestinal, sobretudo em crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas. 

Segundo o médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Adolfo Santos, a vermifugação é muito importante nos primeiros meses de vida de cães e gatos para prevenir e tratar os temidos vermes, que podem causar doenças nos pets, além de alguns serem transmitidos para os humanos. 

“Os parasitas das verminoses podem causar danos aos animais e afetar o organismo do pet. Alguns vermes colocam em risco também a saúde dos tutores, através do contato direto com eles. A vermifugação é um tratamento constante visando a saúde e proteção de cães e gatos”, recomenda Adolfo. 

QUANDO VERMIFUGAR SEU ANIMAL 

A primeira dose deve ser aplicada entre 15 e 30 dias de vida dos pets, sendo reforçada a segunda dose 15 dias depois da primeira aplicação. O Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia recomenda a desparasitação em cães de 15 em 15 dias a partir de duas semanas de vida até o filhote completar 8 semanas. Em gatos, o conselho recomenda o início da desparasitação com 3 semanas de idade, repetindo quinzenalmente até 10 semanas de idade. 

“O calendário da vermifugação de cães e gatos deve ser iniciado a partir dos 45 dias de vida do animal. Nessa fase o filhote pode ser contaminado por vermes transferidos na amamentação. Antes da administração da medicação é necessária uma consulta com o médico veterinário”, explica o veterinário. 

Depois das 8 ou 10 semanas de vida, em geral, os pets precisam de doses de vermífugo mensais até os seis meses, de acordo com o Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia. Posteriormente, o intervalo pode ser aumentado para doses a cada três meses. Devemos lembrar que o uso indiscriminado de antiparasitários pode tornar populações de vermes ou de qualquer outro parasito resistentes a esses medicamentos. Portanto, todo esse processo deve ser acompanhado por um médico-veterinário e com exames de fezes regulares, a cada três ou quatro meses, para saber a real necessidade da administração do vermífugo.  

O médico veterinário acrescenta que até mesmo os bichos que vivem dentro de casa ou apartamento podem ser expostos a contaminações, quando saem para passear com o tutor. 

“Os parasitas são levados para as residências nos calçados e patas dos animais após os passeios. Para manter a saúde do pet em dia e evitar contaminação é necessário manter os ambientes limpos. O recomendado é a aplicação do vermífugo quando o pet tiver 21 dias, e posteriormente com 36 e 57 dias.  Lembrando que o médico veterinário deve ser consultado para orientar sobre frequência e dosagem”, alerta. 

DOENÇAS CAUSADAS POR VERMES 

No geral, animais sem vermifugação podem ser acometidos por três principais grupos de doenças: 

Toxocaríase: os vermes da família Ascaridae se alojam no intestino de cães e gatos e podem ser observados a olho nu pelo tutor nas fezes e vômitos de bichos contaminados. Em cães, pode causar morte devido à enterite e/ou bloqueio gastrointestinal, além de anorexia, diarreia, vômito, dor abdominal e baixa taxa de crescimento. Em gatos, geralmente, é assintomática. Em humanos, o verme pode causar dor abdominal, febre, hepatomegalia e tosse, pois a larva migra para órgãos como fígado, pulmão, cérebro e olhos, podendo comprometer o sistema neurológico e até cardíaco em alguns casos. 

Ancilostomose: causada pelos Ancilostomídeos, parasitas que se alojam no intestino delgado, podem afetar humanos, cães e gatos, causando diarreia, muitas vezes com sangue, anemia e óbito nos pets. A contaminação é feita por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Em humanos pode causar o popular “bicho geográfico”. 

 Tênias (Dipylidium caninum): parasita cestódeo, é um verme chato que pode ser transmitido para cães e gatos por meio das pulgas. Quando instalado no trato intestinal do pet, geralmente não provoca sinais clínicos, mas pode causar irritação no reto, e os animais esfregam ou “arrastam” o períneo no chão. Ocasionalmente pode ocorrer enterite e/ou obstrução intestinal. Os gatos são mais tolerantes a infestações por esse parasito. Em humanos é transmitido geralmente para crianças ao ingerirem pulgas infestadas, podendo apresentar irritação perianal e/ou distúrbios intestinais leves. 

 BOA ALIMENTAÇÃO REDUZ OCORRÊNCIA GRAVE DE VERMES 

Uma das formas mais comuns de transmissão de vermes para cães e gatos é pelo consumo de água e alimentos contaminados. A nutrição adequada de qualquer animal dá suporte ao seu sistema imune e ajuda na prevenção de infestações parasitárias graves. 

“O recomendado é que não seja oferecido aos animais alimentos crus, que podem transportar algumas bactérias e causar doenças gastrointestinais. Lembrando que uma nutrição inadequada pode promover impacto na resposta imunológica do pet”. 

Por fim, o professor reforça a importância de seguir as orientações do médico veterinário, observando a prescrição da quantidade de cada dose e intervalos de reforço, para assegurar a proteção correta do seu amigo de quatro patas. 

Por Ultima Hora em 31/08/2022

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