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Na nova saga do crime digital, até advogados viraram vítimas: golpes usam dados públicos, "acordos imperdíveis" e uma pitada de credulidade para enganar quem deveria saber mais.
Advogados enganados com golpes digitais? Parece piada, mas é o enredo do novo capítulo da tragicomédia jurídica brasileira. Golpistas, cada vez mais ousados, estão transformando informações públicas de processos judiciais em bilhetes premiados para arrancar dinheiro de advogados, partes e qualquer um que caia no teatro de mentiras.
O roteiro, digno de Oscar, é simples: o criminoso acessa dados de processos públicos, monta um WhatsApp falso com ares de profissionalismo e, em tom amigável, oferece "oportunidades únicas" de acordo. Pix para cá, conversa fiada para lá, e, quando a vítima percebe, o dinheiro já foi parar no bolso do estelionatário, enquanto o processo segue firme rumo à penhora.
E o "show" não para por aí!
Entre os casos, destaca-se a "obra-prima" de um golpista que ofereceu a uma autora de processo 80% do valor pleiteado em troca de um depósito antecipado de custas. Resultado? A vítima ficou sem acordo e sem dinheiro. Em outro golpe, uma executada foi convencida a pagar honorários com desconto “à vista”, apenas para descobrir que pagou para o vento.
Como fugir do palco do golpe?
A solução parece óbvia, mas é sempre bom repetir:
1. Desconfie de ofertas generosas: Especialmente as que chegam por WhatsApp, ainda mais se forem "urgentes".
2. Cheque, cheque e cheque novamente: Ligue para o advogado responsável pelo processo ou para o escritório em questão.
3. Acordos só no papel: Qualquer proposta que não passe por homologação judicial é conversa de golpista.
4. Depósitos suspeitos?: Não existe Pix mágico. Conta estranha, conexão quebrada.
Enquanto isso, o sistema judiciário vai assistindo à bagunça com pipoca em mãos, enquanto a advocacia tenta não perder a credibilidade em meio à avalanche de golpes. Mas, cá entre nós, quem diria que até os "doutores" precisariam aprender a desconfiar de propostas "boas demais para serem verdade"?
Que tal a gente adicionar à pauta do próximo congresso jurídico um curso de "Golpismo 101"? Porque, pelo visto, os golpistas já estão dando aula.
Por: Arinos Monge.
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