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Texto: Dr.Luiz Alberto Barbosa, Juíz de Direito e Escritor.
E nas nossas contradições, seguimos a ordem da desordem e nada muda. Entra um e sai outro e o roteiro segue sendo o mesmo :"farinha pouca, meu pirão primeiro". Se sobrar (quase nunca sobra) eles deixam as migalhas para serem aplicadas e sempre com o serviço prestado por um companheiro.
Lá fora, a publicidade manda consumir e a economia, esfolada por mãos perversas, proíbe. As ordens de consumo, obrigatórias para todos, mas impossíveis para a maioria, são convites ao delito.
Este mundo ao avesso, que oferece o banquete aos nobres e fecha a porta no nariz da plebe, é ao mesmo tempo igualador e desigual: iguala nas ideias e nos costumes e é desigual nas oportunidades que proporciona.
A sorte, ou azar, está lançada, apesar de eu me inclinar para a segunda.
No final, ganhe quem ganhar, nós seremos perdedores, pois lamento informar que, por enquanto, não há luz no fim do túnel.
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