Polícia Federal deflagra quarta fase da Operação Última Milha e prende suspeitos de monitoramento ilegal e produção de Fake News

Polícia Federal deflagra quarta fase da Operação Última Milha e prende suspeitos de monitoramento ilegal e produção de Fake News

  A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira, cinco mandados de prisão preventiva como parte da quarta fase da Operação Última Milha. A operação tem como alvo uma organização criminosa formada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a TV Globo, os alvos são ex-servidores cedidos para a Abin e influenciadores digitais que integravam o chamado "gabinete do ódio", estrutura no Palácio do Planalto dedicada à disseminação de notícias falsas.

Entre os presos está Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro, suspeito de participar do "gabinete do ódio". Outro ex-assessor do Palácio do Planalto, José Matheus Sales, foi alvo de busca e apreensão.

De acordo com o portal Metrópoles, também foram presos Giancarlo Gomes Rodrigues, o delegado da Polícia Federal Marcelo de Araújo Bormevet e Richards Dyer Pozzer. Além disso, outros ex-assessores de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também foram alvos de mandados de busca e apreensão.

A Polícia Federal divulgou uma nota oficial afirmando que o objetivo desta fase da Operação Última Milha é desarticular uma organização criminosa que se dedicava ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando sistemas da Abin.

Os policiais federais estão cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.

As investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, que incluíam a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

A Polícia Federal continua as investigações para identificar e punir todos os envolvidos na organização criminosa.

Fonte: Brasil247

Por Ultima Hora em 11/07/2024
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